São Paulo sem vacinas contra dengue e Covid-19 nos postos de saúde

Ministério da Saúde promete enviar novo lote de vacinas até julho, mas não confirma aumento na quantidade para suprir demanda

Por Plox

18/06/2024 10h03 - Atualizado há 3 meses

A prefeitura de São Paulo informou nesta terça-feira (18) que os postos de saúde da capital já não possuem mais vacinas contra a dengue. O imunizante, destinado a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, está em falta. Segundo o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, “praticamente não temos mais vacinas contra a dengue para fazer para a população alvo. Essa população está estimada em 600 mil crianças. Nós recebemos 177 mil do Ministério e 8 mil que foram remanejadas de outros municípios. Nós já aplicamos todas essas doses”.

A prefeitura enviou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando um novo lote para garantir a aplicação da segunda dose, necessária para a imunização completa, que deve ser administrada três meses após a primeira. O governo federal informou que enviará novas doses até julho, mas não especificou se o envio incluirá uma quantidade maior para aumentar a cobertura vacinal.

Desde o final de abril, a administração municipal, liderada pelo prefeito Ricardo Nunes, tem solicitado um maior número de vacinas. Naquele momento, o Ministério da Saúde declarou ter adquirido todo o estoque disponível do fabricante, totalizando 5,2 milhões de doses entregues entre fevereiro e novembro de 2024.

 

Incidência de dengue em alta

Apesar da tendência de queda nos casos diários de dengue, diversos bairros ainda apresentam alta incidência da doença. Itaim Paulista, na Zona Leste, lidera com mais de 20 mil casos registrados. Até segunda-feira (17), a cidade contabilizava 222 mortes e mais de 480 mil casos de dengue.

 

Falta de vacinas contra Covid-19

Além da escassez de vacinas contra a dengue, a cidade também enfrenta a falta de imunizantes contra a Covid-19. De acordo com Zamarco, “é muito pouco. São Paulo vacina aproximadamente 11 mil doses por dia”, mas atualmente, a cidade possui apenas mil doses, que estão sendo remanejadas. Para manter a dose de reforço para a população, a capital precisa receber cerca de 220 mil doses por mês. “Esse mês nós recebemos 191 mil desde o dia 20 de maio até agora. Estamos aguardando receber mais doses. O Ministério informou que vai encaminhar”, afirmou o secretário.

 

 

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