Duracell acusa Energizer de propaganda enganosa nos EUA

Uma nova batalha entre duas das maiores marcas de pilhas do mundo ganhou os holofotes nos Estados Unidos. A Duracell deu entrada em um processo judicial contra a Energizer, acusando a rival de enganar consumidores com uma campanha publicitária considerada enganosa.

O ponto central da disputa está em uma alegação da Energizer de que suas pilhas Energizer MAX teriam uma duração 10% superior às Duracell Power Boost. No entanto, segundo a queixa apresentada pela Duracell, essa comparação baseia-se exclusivamente em testes feitos com aparadores pessoais, sob apenas um critério estabelecido pelo Instituto Nacional Americano de Padrões (ANSI).

A Duracell defende que a mensagem passada na campanha induz o consumidor a acreditar que a vantagem de desempenho da Energizer se aplica a todos os tipos de dispositivos, o que, de acordo com a empresa, não corresponde à realidade.

“Os consumidores são levados a crer que as pilhas Energizer superam consistentemente as da Duracell em todos os aparelhos. Isso não é verdade”, afirma a ação judicial.

O processo judicial pede que a Energizer suspenda imediatamente a campanha, divulgue uma retratação pública e ainda solicita indenizações por danos morais e materiais, além de possíveis sanções punitivas. Essa ação reacende uma rivalidade antiga entre as duas marcas, que já se enfrentaram nos tribunais em 2019 e 2020, em disputas que terminaram por meio de acordos extrajudiciais.

O episódio também levanta novamente discussões importantes sobre os limites da publicidade e a responsabilidade das empresas na comunicação de testes comparativos. Para o consumidor, a lição é clara: promessas de longa duração precisam ser analisadas com atenção, pois nem sempre refletem o desempenho em diferentes contextos e aparelhos.