Foi ao velório das vítimas: advogada é suspeita de mandar matar empresários em SP

Investigação aponta que o crime foi motivado por bens milionários do casal morto; advogada e marido foram presos

Por Plox

18/06/2025 11h54 - Atualizado há 8 dias

A advogada Fernanda Morales Teixeira Barroso, que atuava junto ao marido Hércules Barroso como representante legal de um casal de empresários por mais de uma década, está no centro de uma investigação que aponta seu envolvimento direto no assassinato de seus próprios clientes.


Imagem Foto: Polícia Militar de Piracicaba/ Reprodução


José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61, foram encontrados mortos em abril deste ano, dentro de um veículo Fiat Toro, estacionado em uma chácara localizada na serra de São Pedro, interior de São Paulo. O corpo de José Eduardo estava com as mãos amarradas, enquanto o de Rosana foi achado na caçamba do carro.


Segundo as autoridades, o crime teria sido motivado por interesses financeiros. A estimativa é de que os bens do casal totalizassem cerca de R$ 12 milhões em imóveis, além de mais de R$ 2,8 milhões que foram pagos sob a justificativa de cobrir supostos custos processuais — valores que, conforme aponta a polícia, seriam indevidos.



O caso ganhou contornos ainda mais chocantes quando foi revelado que Fernanda compareceu ao velório das vítimas. De acordo com familiares, a presença da suspeita gerou revolta e consternação. Um parente relatou à imprensa: “Chorei, me deu raiva, uma agonia. Eu espero por justiça. Não foi um crime de impulso, foi premeditado”.


Além do casal de advogados, outras duas pessoas foram presas sob suspeita de executar o crime: Carlos César Lopes de Oliveira, conhecido como Cesão, de 57 anos, e Ednaldo José Vieira, chamado de Índio, de 54. Eles foram capturados nas cidades de São Carlos e Praia Grande.



Após o velório, Fernanda ainda tentou se aproximar da família das vítimas. O irmão de Rosana relatou que ela procurou contato, mas que a conversa não aconteceu. A advogada também teria tentado visitar uma das empresas da qual Rosana era sócia, solicitando a entrada por meio de uma funcionária. O pedido foi recusado. Pouco depois, a delegada responsável iniciou a coleta de provas, incluindo os HDs da empresa.


Na defesa de Fernanda e Hércules, o advogado Reginaldo Silveira declarou que as acusações são frágeis e que as evidências não sustentam a tese de homicídio. Segundo ele, os pagamentos realizados ao escritório de advocacia eram feitos em imóveis, não em dinheiro, e a relação entre as partes seria exclusivamente profissional. “Vamos provar a inocência do casal”, garantiu.



Agora, o processo entra na fase de depoimentos, onde as partes envolvidas devem prestar esclarecimentos que poderão aprofundar o entendimento do caso pela Justiça.


Destaques