Vereadora do PT é morta com mais de 10 facadas em estrada rural no RS

A cidade de Formigueiro, no interior do Rio Grande do Sul, foi palco de um crime brutal nesta terça-feira (17). A vereadora Elisane Rodrigues dos Santos, de 49 anos, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), foi encontrada morta com ao menos dez facadas em uma estrada na zona rural do município, localizada a aproximadamente 300 quilômetros de Porto Alegre.

Foto: Redes sociais

O corpo da parlamentar foi achado ao lado do seu automóvel, e apresentava vários ferimentos profundos na região do tronco, além de uma grave lesão no pescoço. A informação foi divulgada pelo jornal Zero Hora. Conforme apuração preliminar da Polícia Civil, o homicídio teria ocorrido ainda durante a madrugada. Na noite anterior, Elisane havia participado normalmente de uma sessão na Câmara Municipal.

De acordo com o delegado Antônio Firmino, responsável pela investigação, a principal linha seguida até o momento é de que a vereadora foi atraída até o local do crime por pessoas de sua confiança. A hipótese de latrocínio foi descartada inicialmente, uma vez que nenhum pertence da vítima foi levado. A motivação do crime e os autores ainda são desconhecidos.

A morte de Elisane causou forte repercussão. Em nota, a Câmara Municipal de Formigueiro lamentou o ocorrido, classificando a tragédia como uma perda irreparável para a política local. Em homenagem à vereadora, foi decretado luto oficial de três dias e cancelada a próxima sessão ordinária da Casa, prevista para 23 de junho.

Elisane estava em seu primeiro mandato e era a única representante feminina entre os vereadores do município. A nota da Câmara destacou seu comprometimento com as causas sociais e o bem-estar da população de Formigueiro.

Nas redes sociais, a secretária de Relações Institucionais da Presidência e ex-presidente do PT, Gleisi Hoffmann, manifestou indignação e tristeza. Ela ressaltou que a violência contra mulheres, inclusive no meio político, é inadmissível. A Bancada do PT na Câmara dos Deputados também se pronunciou, enfatizando o perfil combativo de Elisane, que defendia direitos sociais, saúde pública, justiça social e as causas Quilombolas.