Filho de Lula é investigado por suspeita de violência doméstica e não é indiciado

Polícia conclui inquérito sem provas de crime

Por Plox

18/07/2024 07h12 - Atualizado há 3 meses

A Polícia Civil de São Paulo concluiu, na segunda-feira (15/7), o inquérito que investigava Luis Claudio Lula da Silva, filho caçula do presidente Lula, sob suspeita de violência doméstica contra sua ex-companheira, a médica Natália Schincariol. A investigação não resultou em indiciamento, indicando que nenhum crime foi atribuído a ele.

Conclusão da investigação

Segundo policiais envolvidos no caso, a decisão de não indiciar Luis Claudio decorreu da ausência de lesão corporal comprovada na reclamante, além de a alegada violência psicológica não ter sido claramente configurada. Sem provas contundentes, a polícia não viu justificativa para um indiciamento.

Ministério Público decidirá próximos passos

O relatório do inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de São Paulo, que avaliará os próximos passos. A Promotoria pode optar por arquivar o inquérito, solicitar novas diligências ou até denunciar Luis Claudio, caso julgue o conjunto de provas suficiente para tal.

Detalhes das alegações

Natália Schincariol, de 30 anos, registrou um boletim de ocorrência em abril, relatando um episódio de violência doméstica. Ela afirmou que, em janeiro, sofreu uma cotovelada na barriga durante uma discussão. Também relatou temer pela integridade física e saúde mental devido a constantes ataques verbais, que resultaram em crises de ansiedade e hospitalizações. A médica alegou ter sido chamada de "doente mental", "feia" e "vagabunda".

Declarações das partes envolvidas

Em depoimento à polícia, ambos confirmaram que a cotovelada ocorreu acidentalmente durante uma disputa por um celular, e Natália não apresentou ferimentos na ocasião. Devido ao lapso temporal entre o incidente e o registro policial, não foi realizado exame de corpo de delito, dificultando a configuração da lesão corporal.

Anexos e testemunhas

Natália anexou documentos médicos ao inquérito, relacionando sua internação à violência psicológica sofrida. No entanto, a análise desse material foi deixada para o Ministério Público. A médica inicialmente mencionou duas testemunhas, mas desistiu de apresentá-las.

Luis Claudio nega acusações

Luis Claudio, por sua vez, negou qualquer tipo de violência contra Natália, tanto em depoimento quanto publicamente. Em declaração ao UOL, afirmou: "Jamais agrediria a ex. Desde o término do relacionamento, em janeiro deste ano, sempre fui muito atencioso com ela. Nunca chamei ela destes nomes todos que ela diz. Vou provar minha inocência."

Repercussão política e nas redes sociais

A situação foi usada por adversários políticos do presidente Lula, como a senadora Damares Alves e a deputada Rosangela Moro, que questionaram o silêncio do presidente e de seus aliados. Natália relatou ter sido alvo de ataques nas redes sociais, sendo chamada de "ex-BBB" e "vulgar". Em abril, afirmou em seu perfil: "Uma mulher que tem muito a falar e ninguém mais vai me conter. Médica, psicanalista, estudante de psiquiatria. Empresária, dona do próprio instituto de saúde mental."

 

 

 

 

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