Apoiadores de Bolsonaro reagem a operação da PF com críticas duras

Medidas impostas ao ex-presidente, como tornozeleira e restrição de contatos, geram protestos entre políticos e aliados

Por Plox

18/07/2025 13h22 - Atualizado há cerca de 13 horas

As reações vieram em cadeia. Após a operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (18), que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), uma série de lideranças políticas e personalidades públicas se manifestaram em defesa do ex-mandatário, classificando as ações como autoritárias, abusivas e até mesmo persecutórias.


Imagem Foto: Presidência


A decisão judicial que impôs a Bolsonaro o uso de tornozeleira eletrônica, além de restrições de comunicação — inclusive com diplomatas e seu próprio filho, Eduardo Bolsonaro — provocou forte indignação. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi o responsável pela determinação.


Deputados federais como Nikolas Ferreira (PL-MG), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Gustavo Gayer (PL-GO), bem como senadores, vereadores e governadores, vieram a público com críticas contundentes.


Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, classificou a medida como uma humilhação proposital.
“Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de Alexandre de Moraes para tomar medidas totalmente desnecessárias e covardes”

, afirmou em publicação nas redes sociais.

Imagem Foto: Presidência


O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também condenou as decisões judiciais. “Mais um ato absurdo de perseguição política a Jair Bolsonaro. [...] Não existe democracia quando a Justiça é politizada”, declarou.


Nikolas Ferreira acrescentou que as medidas ocorreram logo após Bolsonaro receber uma carta de apoio do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e ironizou: “Venezuela está com inveja”.


A vereadora Zoe Martínez (PL-SP) foi enfática ao afirmar que o autoritarismo se instalou no Brasil:
“Alexandre de Moraes age como se fosse o dono do Brasil. E quem vai pagar a conta caríssima por essa tirania é o povo brasileiro”

.


Gustavo Gayer, deputado por Goiás, lamentou o que chamou de avanço rumo a uma ditadura. “Essa perseguição criminosa dessa democracia relativa acaba de dar mais um passo para jogar o país no buraco das ditaduras”, escreveu.


Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos, segue denunciando o caso a autoridades estrangeiras. Em inglês, ele acusou Alexandre de Moraes de aumentar a repressão justamente após o apoio público de Trump ao ex-presidente brasileiro.


A operação da PF, autorizada por Moraes, incluiu mandados de busca e apreensão. Além disso, Bolsonaro está obrigado a cumprir recolhimento domiciliar entre 19h e 6h durante a semana e de forma integral em finais de semana, feriados e folgas. Está impedido de manter contato com embaixadores, diplomatas e demais investigados pelo STF.



O clima de tensão cresce no meio político, com aliados prometendo seguir mobilizados contra o que consideram uma escalada autoritária. A repercussão promete marcar os próximos desdobramentos na cena nacional.


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