Eduardo Bolsonaro critica Moraes após operação da PF contra o pai
Deputado acusa ministro do STF de perseguição e sabotagem institucional ao comentar medidas impostas ao ex-presidente
Por Plox
18/07/2025 13h10 - Atualizado há 1 dia
Após mais uma operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (18), seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), fez duras declarações em defesa do pai. Ele publicou uma nota oficial nas redes sociais, na qual criticou com veemência o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, responsável pela ação.

Segundo Eduardo, a decisão da PF de realizar a busca na casa do ex-presidente não foi recebida com surpresa, mas sim com tristeza. Em suas palavras, o parlamentar afirma que seu pai é vítima de perseguição e que o ministro Moraes age como um “gângster de toga”, transformando a mais alta Corte do país em uma “arma pessoal” para fins políticos.
Ele ainda alegou que as acusações contra o ex-presidente derivam de ações legítimas realizadas pelo governo dos Estados Unidos, em resposta às tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil durante seu mandato.
“Mais uma vez, ele confirma tudo o que vínhamos alertando. Não bastasse ordenar censura e medidas de coerção contra o maior líder político do Brasil”, escreveu Eduardo.
Além disso, o deputado sustentou que o ministro tenta criminalizar o governo americano e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Por não conseguir agir diretamente contra autoridades estrangeiras, ainda segundo Eduardo, Moraes estaria usando Bolsonaro como “refém”.
– Com isso, além de atacar a democracia brasileira, ele ainda deteriora irresponsavelmente as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, um ato de sabotagem institucional de consequências imprevisíveis. Alexandre precisa entender que suas ações intimidatórias não têm mais efeito – afirmou.
Na nota, Eduardo reforçou que a direita seguirá firme em sua luta política, mesmo diante das medidas impostas ao ex-presidente.
“Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele, cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados, até que a nossa voz seja ensurdecedora”, concluiu.
Na mesma manhã, a Polícia Federal executou uma série de medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Entre elas, está a obrigação de Bolsonaro utilizar tornozeleira eletrônica. O ex-presidente deverá permanecer em casa das 19h às 6h nos dias úteis e em regime integral durante fins de semana, feriados e folgas.
Além disso, está proibido de manter contato com diplomatas, embaixadores ou outros réus e investigados pelo Supremo Tribunal Federal. Isso inclui Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos Estados Unidos, onde atua em busca de sanções contra o magistrado.
A operação gerou forte repercussão entre apoiadores de Bolsonaro, políticos e familiares, reacendendo o debate sobre os limites das ações do STF e os desdobramentos políticos e institucionais que podem decorrer desse confronto direto entre Poderes.