Mineiro esquartejado no RJ teve briga 'boba' com colega um dia antes do crime; assassino confessou após irmã achar restos na geladeira

O brutal assassinato de Tiago Lourenço Morgado, mineiro de 36 anos que foi morto e esquartejado no Rio de Janeiro. Agora, novas informações revelam que ele discutiu com o autor do crime, Bruno Guimarães da Cunha Chaves, por um motivo banal apenas um dia antes do homicídio. Os dois moravam juntos e trabalhavam na mesma padaria, e foi o próprio Tiago quem havia ajudado Bruno a conseguir o emprego.

Foto: Rede Social

A discussão aconteceu na sexta-feira (11), segundo funcionários da padaria. No sábado (12), Tiago desapareceu. De acordo com a irmã, Jacilaine Morgado, o motivo da briga foi “coisa boba, de trabalho”. Ainda assim, no dia seguinte ao desentendimento, Bruno avisou à empresa que iria se mudar, o que causou suspeitas, já que Tiago era conhecido por sua dedicação. “Ele nunca faltava, amava trabalhar lá”, contou Jacilaine.

Preocupadas com o sumiço e as mensagens estranhas, as irmãs decidiram ir até a residência compartilhada pelos dois. Ao chegarem, encontraram Bruno e notaram um forte cheiro de produto de limpeza vindo do interior da casa. O comportamento dele levantou ainda mais desconfiança.

Jacilaine relatou que, ao entrar na casa, viu que o local estava extremamente sujo. Quando exigiu que Bruno abrisse a geladeira, se deparou com sacos plásticos contendo os restos mortais do irmão. “Comecei a gritar: ‘Ele matou meu irmão’”, relatou.

Bruno confessou o crime ali mesmo. Disse que esquartejou Tiago, processou parte dos restos em um liquidificador, cozinhou outras partes e armazenou o restante na geladeira. Alguns pedaços foram descartados na privada com descargas.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Bruno em flagrante. As investigações continuam para esclarecer a motivação do crime, mas a família acredita que houve premeditação. “Ele sabia o que estava fazendo. Achou que ia limpar a cena e seguir a vida normalmente”, declarou a irmã.

Tiago nasceu em Belo Horizonte e também morou em Betim e Contagem. Desde 2019, estava no Rio de Janeiro. O corpo foi trazido para a capital mineira e será sepultado nesta quinta-feira (18), às 15h, no Cemitério da Saudade. “Isso confortou muito o nosso coração”, finalizou Jacilaine.

A revelação de que a motivação do crime foi uma briga considerada banal torna o caso ainda mais chocante e revoltante para os familiares e a comunidade.