Chineses anunciam robô capaz de simular gestação até o parto

Protótipo da Kaiwa Technology deve ser lançado em 2026 com promessa de fertilização e desenvolvimento completo do feto

Por Plox

18/08/2025 14h34 - Atualizado há cerca de 5 horas

A empresa chinesa Kaiwa Technology anunciou o desenvolvimento do que promete ser o primeiro robô capaz de realizar uma gestação completa de forma artificial. De acordo com a companhia, o protótipo chegará ao mercado em 2026, com preço estimado em 100 mil yuans — cerca de R$ 73 mil.


Imagem Foto: Rede Social


Segundo a empresa, o equipamento seria capaz de fertilizar óvulos, carregar o embrião e garantir todos os nutrientes necessários ao feto, replicando o processo biológico de uma gravidez natural até o nascimento.



O Dr. Zhang, PhD pela Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, e um dos principais responsáveis pelo projeto, declarou que o sistema já alcançou um “estágio maduro” de desenvolvimento. “Agora precisa ser implantado no abdômen do robô para que uma pessoa real e o robô possam interagir e alcançar a gravidez, permitindo que o feto cresça dentro”, explicou.



Além da função de gestação, o robô seria capaz de carregar óvulos e realizar a fertilização. O fornecimento de nutrientes ao feto seria feito por meio de um tubo, simulando as funções de um útero humano.


O projeto, no entanto, tem gerado controvérsias. Críticos levantam questões éticas, como a ausência do vínculo materno e os métodos de obtenção de óvulos, especialmente em casos de infertilidade. Já defensores acreditam que a tecnologia pode beneficiar casais inférteis ou mulheres que desejam evitar o desgaste físico da gravidez.


“Diversas famílias gastam muito dinheiro em inseminações artificiais que não dão certo. O robô pode representar uma alternativa”, comentou um usuário nas redes sociais.



O Dr. Zhang também afirmou que a empresa está em contato com autoridades da Província de Guangdong para discutir a legislação aplicável ao novo dispositivo, além de já ter apresentado propostas regulatórias.


A tecnologia tem como base estudos anteriores, como os “Biobags” — úteros artificiais utilizados por cientistas para manter cordeiros prematuros vivos por semanas, fornecendo nutrientes e ambiente semelhante ao líquido amniótico.


Na China, a taxa de infertilidade aumentou de 11,9% em 2007 para 18% em 2020. A Kaiwa Technology espera que a nova tecnologia amplie as opções disponíveis para pessoas com dificuldades reprodutivas. Governos locais no país já incluem tratamentos de fertilização no sistema de saúde pública.



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