Lula e presidente do Equador firmam acordos em Brasília

Em uma cerimônia realizada nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu oficialmente, em Brasília, o chefe de Estado do Equador, Daniel Noboa, para uma agenda bilateral no Palácio do Planalto.

Foto: Presidência

Acompanhado por ministros de seu governo, Noboa foi recepcionado para a assinatura de uma série de atos em áreas como segurança pública e meio ambiente. Após a solenidade, os dois presidentes concederam uma declaração conjunta à imprensa e, posteriormente, participaram de um almoço no Palácio do Itamaraty.

O encontro abordou temas diversos, entre eles comércio exterior, ciência e tecnologia, cooperação amazônica, mudanças climáticas, combate ao crime organizado e integração sul-americana. O Palácio do Planalto informou que a agenda visou reforçar os laços entre os dois países em diversas frentes estratégicas.

Durante a reunião, Lula deve ter feito o convite oficial para que Noboa participe da COP30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro. A preservação da Amazônia e os desafios ambientais comuns aos dois países figuraram entre os principais assuntos discutidos.

Tanto Brasil quanto Equador estão entre os países prejudicados pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos sob a gestão do presidente Donald Trump. Os produtos equatorianos foram sobretaxados em 15%, enquanto as exportações brasileiras enfrentam uma tarifa de 50%. Entre os itens mais impactados no caso equatoriano estão carvão mineral, petróleo, crustáceos e bananas.

Apesar das diferenças políticas entre os líderes — Noboa foi eleito com um discurso de direita, voltado à segurança e liberalismo econômico —, o diálogo com Lula ocorreu em clima de cooperação. O Equador enfrenta atualmente uma crise de violência, o que levou o governo de Noboa a decretar estado de exceção em mais de uma ocasião.

A aproximação entre os países ocorre em um momento em que o governo brasileiro busca ampliar alianças comerciais e diplomáticas na América do Sul como resposta às sanções econômicas impostas pelos EUA.

A visita de Noboa reforça o esforço do Brasil em se posicionar como um protagonista nas relações regionais e ambientais, mesmo diante de turbulências comerciais no cenário global.