Organização criminosa é alvo de megaoperação em Governador Valadares

Ação coordenada entre estados investiga fornecimento ilegal de armas, munições e coletes a grupos rivais

Por Plox

18/08/2025 09h42 - Atualizado há cerca de 9 horas

Uma operação de grande escala, batizada de Senhores da Guerra, foi deflagrada nesta segunda-feira (18/8) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO/MG), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante em Governador Valadares.


Imagem Foto: Divulgação


Com a coordenação de equipes policiais em três estados ,Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo ,a ação cumpre 43 mandados de busca e apreensão e tem como alvos 38 suspeitos.

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Além disso, foram decretadas duas prisões preventivas e seis temporárias, reforçando o cerco contra os integrantes do grupo.


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Entre os alvos da operação estão mais de 40 armas legalmente registradas, cuja apreensão foi autorizada por decisão judicial.

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Esses armamentos serão encaminhados para processo de cassação dos respectivos registros, evidenciando o caráter ilícito das transações feitas pelos envolvidos.


A investigação que originou a ação teve início com a análise de provas reunidas durante a Operação Muro de Ferro, realizada em fevereiro de 2025. A partir do material apreendido naquela ocasião, as autoridades descobriram a existência de uma estrutura criminosa complexa sediada em Governador Valadares.


"As armas eram vendidas tanto para criminosos quanto para pessoas com registros válidos, inclusive CACs, mas a aquisição era feita fora da legalidade", destacou a Polícia Federal em Minas Gerais.

A organização contava com dois líderes que coordenavam a compra dos armamentos. Outros cinco integrantes eram responsáveis por comercializar munições de maneira clandestina, inclusive com pessoas registradas como CACs — Colecionadores, Atiradores e Caçadores — que participavam das negociações ilegais.


Além disso, um armeiro e instrutor de tiro da cidade exercia papel fundamental no esquema, sendo o responsável pela manutenção das armas e pela intermediação nas vendas ilegais. O grupo ainda produzia clandestinamente um acessório capaz de transformar fuzis para o modo rajada, aumentando consideravelmente seu poder de fogo.


A operação representa mais um desdobramento dos esforços conjuntos entre as forças de segurança estaduais e federais para enfraquecer as redes criminosas que operam no fornecimento ilegal de armamentos no país.



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