PF desmantela tráfico de armas em Governador Valadares, São Paulo e Espirito Santo
Operação revela grupo que abastecia criminosos e CACs com armas ilegais e acessórios letais
Por Plox
18/08/2025 11h21 - Atualizado há cerca de 8 horas
Uma operação da Polícia Federal realizada na manhã desta segunda-feira (18) teve como alvo uma quadrilha especializada no fornecimento ilegal de armas, munições e acessórios para criminosos e membros do CAC (Colecionadores, Atiradores e Caçadores). O grupo criminoso tinha sua base de operações em Governador Valadares, na região do Rio Doce, e atuava também em cidades de São Paulo e Espírito Santo.

As investigações que culminaram na ação desta semana começaram após a análise de provas recolhidas na Operação 'Muro de Ferro', deflagrada em fevereiro. A partir dos materiais apreendidos, os agentes conseguiram identificar a existência da organização criminosa e o papel dos envolvidos.

Dois homens eram os principais articuladores do esquema: eram eles que cuidavam da aquisição das armas. Além deles, outros cinco integrantes faziam parte da estrutura do comércio ilegal, sendo os responsáveis pela revenda de munições, não só para criminosos, mas também para pessoas com registros legais de posse e porte — entre eles, CACs que compravam os materiais de forma clandestina.
O grupo também contava com o apoio técnico de um armeiro e instrutor de tiro local. Este profissional cuidava da manutenção do arsenal e intermediava negociações ilegais. Uma das atividades mais graves descobertas foi a fabricação e venda de um acessório que potencializava a letalidade dos fuzis, permitindo o disparo em modo rajada, o que é proibido pela legislação.

Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 43 mandados de busca e apreensão, além de executar dois mandados de prisão preventiva e seis de prisão temporária. A operação envolveu 38 suspeitos, e os agentes tiveram autorização para apreender mais de 40 armas registradas, cujos registros serão agora submetidos a processos de cassação judicial.
"O grupo abastecia desde criminosos comuns até atiradores com registros regulares, o que torna o caso ainda mais preocupante", declarou um dos investigadores da PF.