Investimento de R$ 10 bilhões na ferrovia em Minas moderniza sistema e gera empregos
A renovação da concessão promete melhorias na infraestrutura e criação de 10 mil vagas de trabalho no Estado
Por Plox
18/09/2024 09h24 - Atualizado há cerca de 1 mês
Com a renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Minas Gerais receberá um investimento de R$ 10 bilhões, com foco na modernização e ampliação dos corredores ferroviários leste e sudeste. A obra visa potencializar o transporte de cargas e promover o desenvolvimento econômico, beneficiando setores como agronegócio e siderurgia.
Investimento bilionário e modernização da malha ferroviária
A renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica, administrada pela VLI, é considerada um marco na infraestrutura logística do país. Estima-se que os investimentos totais cheguem a R$ 30 bilhões, abrangendo não só Minas Gerais, mas também estados como Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Dentre as melhorias planejadas estão a construção de novos trechos ferroviários, a realocação de pátios de cargas e a resolução de conflitos rodoviários, além da aquisição de novos vagões e locomotivas.
Minas Gerais, em especial, verá a aplicação de R$ 10 bilhões destinados à modernização do corredor leste, que conecta as regiões produtivas do Estado aos portos do Espírito Santo. Parte do investimento será direcionada para a aquisição de material rodante, manutenção da malha ferroviária e melhorias nas áreas urbanas para mitigar os conflitos entre rodovias e ferrovias. Além disso, R$ 190 milhões serão alocados em 80 obras em 25 municípios mineiros, contribuindo para a resolução de conflitos urbanos.
Aumento na movimentação de cargas e geração de empregos
A renovação da concessão também prevê um aumento de 32% no volume de cargas movimentadas em Minas Gerais, envolvendo produtos como grãos, fertilizantes, derivados do petróleo e produtos siderúrgicos. O Estado terá um papel estratégico na logística de transporte, facilitando o fluxo de mercadorias para estados vizinhos como Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Além disso, o retorno de cargas como fertilizantes pelo Espírito Santo também deverá crescer.
A estimativa é que o projeto gere 10 mil empregos ao longo da concessão, que foi prorrogada até 2056. A proposta tem o apoio da Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e será discutida em audiências públicas, reforçando o compromisso com a transparência e a participação de todas as partes interessadas.
Impacto no setor industrial e agrícola
De acordo com Fábio Marchiori, CEO da VLI, "Minas Gerais é um grande pilar operacional da Ferrovia Centro-Atlântica", com sua forte representatividade nos setores siderúrgico e agrícola, que são altamente dependentes do transporte ferroviário. A renovação da concessão permitirá que a FCA continue sendo um canal essencial para esses segmentos estratégicos, fortalecendo a economia mineira e nacional.
Além de promover o crescimento do agronegócio e da indústria siderúrgica, o projeto trará novas oportunidades para os fabricantes nacionais de material rodante, gerando um efeito positivo em toda a cadeia produtiva.
Nova era para a logística nacional
A renovação da concessão da FCA é vista como um passo importante na modernização do modal ferroviário brasileiro. Marchiori destaca que o projeto "nasce dentro do novo formato do governo federal para concessões", incorporando inovações regulatórias e apontando para uma transformação na logística do país. Com isso, espera-se uma maior eficiência e competitividade, não só em Minas Gerais, mas em todo o território nacional, impulsionando o desenvolvimento de setores chave para a economia brasileira.