Copom mantém taxa Selic em 15% ao ano, maior nível desde 2006
Comitê do Banco Central opta por manter juros básicos do país e cita cenário global incerto e inflação acima da meta
Por Plox
18/09/2025 10h59 - Atualizado há cerca de 5 horas
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (17) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. A taxa permanece no maior patamar desde 2006.

Segundo o comitê, a manutenção da Selic está alinhada à estratégia de convergência da inflação para a meta estipulada, ao longo do que chamou de \"horizonte relevante\". A decisão também visa, conforme nota oficial, contribuir para a estabilidade dos preços e suavizar as oscilações da atividade econômica.
O Copom apontou um cenário internacional marcado por incertezas, em especial pelas políticas econômicas dos Estados Unidos. Essa conjuntura tem gerado volatilidade nos mercados e exigido cautela dos países emergentes, especialmente em um ambiente de tensões geopolíticas.
No campo interno, a avaliação é de que o crescimento econômico apresenta sinais de moderação, como já era previsto. Apesar disso, o mercado de trabalho brasileiro ainda demonstra força. As leituras mais recentes indicam que tanto a inflação total quanto os seus componentes subjacentes seguem acima da meta definida para o período. As expectativas de inflação, apuradas pela pesquisa Focus, também permanecem elevadas: 4,8% para 2025 e 4,3% para 2026.
Entre os fatores de risco apontados para uma possível alta na inflação estão: a desancoragem prolongada das expectativas inflacionárias, uma inflação de serviços mais persistente que o estimado e impactos inflacionários de políticas econômicas internas e externas, como a manutenção de um câmbio depreciado.
Já os elementos que podem contribuir para uma desaceleração inflacionária incluem: uma desaceleração da economia doméstica mais intensa que a esperada, agravamento do cenário global em função de choques comerciais ou incertezas e queda nos preços das commodities.
A taxa Selic é referência para os juros praticados por bancos e para investimentos no país. Com a decisão, o Copom reforça sua estratégia de controle da inflação e estabilidade econômica.
Com informações da Agência Brasil