Brasil não terá horário de verão pelo segundo ano seguido
Instrumento usado para economizar o consumo de energia em dez Estados perdeu eficiência por causa do calor excessivo
Por Plox
18/10/2020 07h43 - Atualizado há mais de 4 anos
O Brasil não terá pelo segundo ano seguido o horário de verão, medida usada desde 2008 com o objetivo de economizar o consumo de energia em dez Estados que registram maior luminosidade entre outubro e fevereiro.
Após estudo do Ministério de Minas e Energia (MME), que apontava que o consumidor economizaria R$ 100 milhões deixando de adiantar o relógio em uma hora, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto em abril do ano passado que determinava o encerramento do horário de verão.
"Nos últimos anos, com as mudanças no hábito de consumo da população e a intensificação do uso do ar condicionado, o período de maior consumo diário de energia elétrica foi deslocado para o período da tarde, quando o horário de verão não tinha influência. Como a luz traz consigo o calor, o horário de verão também passou a produzir um efeito de aumento de consumo em determinados horários, que já superavam seus benefícios", explicou o MME em nota na época.

A redução da economia do horário de verão começou a ser percebida e questionada em 2017, quando foi registrada uma queda de consumo da ordem de 2.185 megawatts, equivalente a cerca de R$ 145 milhões. Em 2013, a economia havia sido de R$ 405 milhões, caindo para R$ 159,5 milhões em 2016, uma queda de 60%.