Justiça condena policiais civis e advogados a até 93 anos de prisão por extorsão em Goiás
Sentença inclui cassação de aposentadorias e pagamento de indenizações a vítimas
Por Plox
18/10/2024 15h16 - Atualizado há 3 dias
Quatro policiais civis, dois advogados e um homem que se passava por investigador foram sentenciados a penas que chegam a 93 anos de prisão por extorsão e outros crimes em Goiás. O grupo montou um esquema de propinas para evitar prisões em flagrante e interromper investigações contra acusados de diferentes delitos, segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO).
A operação do MPGO, que revelou o caso em agosto de 2018, levou à denúncia de 10 pessoas. Quatro delas foram absolvidas, enquanto as outras sete foram condenadas. A decisão foi divulgada na quinta-feira (17), após ter sido mantida em segredo de Justiça desde agosto. Os condenados seguem em liberdade enquanto recorrem da sentença.
penas e crimes atribuídos aos réus
- Danilo César Approbato, que se fazia passar por policial civil: 89 anos e 1 mês de prisão e 2.327 dias-multa (extorsão e roubo).
- Luiz Carlos de Melo, agente aposentado: 93 anos e 11 meses de reclusão e 2.779 dias-multa (extorsão e roubo).
- Márcia Rodrigues de Sousa, escrivã aposentada: 22 anos e 11 meses de prisão e 687 dias-multa (extorsão).
- Gilvan de Sousa Ribeiro, agente aposentado: 11 anos de reclusão e 173 dias-multa (extorsão).
- Juliana Angélica de Lucena Ferraz, advogada: 21 anos e 4 meses de prisão (extorsão).
- Jorge Carneiro Correia, advogado: 24 anos e 8 meses de reclusão (extorsão).
Além das penas de prisão, a sentença determinou a cassação das aposentadorias dos três policiais civis condenados. Danilo, Luiz Carlos, Jorge e Juliana também foram responsabilizados pelo pagamento solidário de indenizações por danos morais às vítimas, com valores variando de R$ 900 a R$ 5 mil.
Um outro processo relacionado à operação ainda está em andamento, investigando extorsões adicionais e a formação de organização criminosa.