Facebook admite saber sua localização mesmo sem autorização
A empresa admitiu coletar dados utilizados em outros serviços da empresa para precisar localização do usuário
Por Plox
18/12/2019 14h23 - Atualizado há mais de 4 anos
De acordo com um documento obtido pelo site “The Hill”, nesta terça-feira (17), o Facebook admitiu por meio de uma carta enviada aos senadores do Estados Unidos no dia 12 de dezembro, que tem acesso à localização dos usuários dos serviços da empresa mesmo quando estes não concedem a autorização.
Hoje o Facebook é formado pelas plataformas/redes sociais “Facebook”, “Instagram”, “Whatsapp” e “Messenger”.
A empresa detalhou a prática após os senadores da república norte-americana Christopher Coons e Josh Hawley questionarem as políticas de rastreamento da rede social.
Foto: Reprodução
A carta diz que o Facebook pode identificar a localização do usuário através de dados compartilhados em outras informações postadas nos serviços da empresa. Vídeos, marcações e anúncios, somados ao endereço de IP do aparelho, ajudam a empresa a ter a localização do usuário mesmo sem que a permissão para o aplicativo acessar a localização seja concedida.
O vice-diretor de privacidade do Facebook, Rob Sherman, foi quem assinou o documento. Ele disse ainda que a empresa exibe propagandas baseadas na localização do usuário sem que a localização esteja habilitada.
O Senado dos Estados Unidos não aceitou muito bem a notícia. Senadores chegaram a criticar as declarações e a dizer que a rede social ganha dinheiro usando informações que as pessoas negaram dar.
O senador Josh Hawley, por meio de sua conta no Twitter, compartilhou os documentos obtidos pelo site e lamentou a postura do Facebook, dizendo ainda que “o Congresso precisa agir”.
“O Facebook admitiu. Você desliga os serviços de localização e eles vão continuar rastreando você para fazer dinheiro (enviando propagandas). Não há opção de saída. Não há controle sobre sua informação pessoal. Estas são as gigantes de tecnologia. É por este motivo que o Congresso precisa agir”, disse o senador.
A empresa recebe dados pessoais de mais de 2 bilhões de usuários que sempre estão presentes em ao menos de uma das redes sociais do Facebook, e utiliza esses dados para exibir publicidade segmentada em larga escala.