Biólogo mineiro lidera luta contra ELA e busca por tratamentos efetivos
Mateus Rocha Merched combate esclerose lateral amiotrófica com informação e pesquisa
Por Plox
18/12/2023 10h30 - Atualizado há cerca de 1 ano
Mateus Rocha Merched, biólogo de 34 anos, transformou seu diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em uma missão de vida. Diagnosticado em 2022 após enfrentar dificuldades crescentes em tarefas simples, como abotoar uma camisa, Mateus agora dedica seu tempo à conscientização sobre a ELA e à busca por terapias eficazes.
Engajamento na Pesquisa e Conscientização
Nascido em Montes Claros e educado em escolas públicas até a universidade, Mateus é licenciado em Ciências Biológicas pela UFMG e bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo CEFET-MG. Ele agora colabora com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) em pesquisas visando desenvolver tratamentos eficazes para a ELA. Além disso, ele fundou o projeto “Falando da E.L.A”, uma iniciativa dedicada a aumentar a visibilidade da doença e compartilhar informações atualizadas e relatos reais sobre a condição.
Desafios e Adaptações Pessoais
Mateus enfrentou mudanças significativas em sua vida devido à progressão da doença, adaptando-se rapidamente a uma nova rotina. Apesar dos desafios físicos, ele mantém o bom humor e foca em ações positivas para o tratamento. Com o agravamento da doença, ele tem lutado contra a fadiga aumentada e dificuldades de mobilidade, que recentemente levaram a uma fratura no tornozelo.
Objetivos e Aspirações
Mateus visa ampliar o alcance de seu projeto “Falando da E.L.A”, buscando atingir pelo menos 20.000 seguidores até o meio do próximo ano. Seu engajamento na rede de pesquisa da UFV é parte de um esforço maior para encontrar tratamentos eficazes que possam alterar o curso da doença. Atualmente, as opções de tratamento são limitadas, e Mateus destaca a necessidade de terapias que vão além da sobrevida, buscando uma vida plena para os pacientes.
Contexto da ELA
A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença degenerativa do sistema nervoso que leva à paralisia motora irreversível. Embora as causas exatas ainda não sejam conhecidas, cerca de 10% dos casos são de origem genética. Os tratamentos disponíveis atualmente são paliativos, visando melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença.