Novas regras de eficiência energética impactam preço de geladeiras

Uma resolução recente do Ministério de Minas e Energia, que impõe padrões mais rígidos de eficiência energética para geladeiras e congeladores, está gerando preocupações na indústria. A Eletros, representante do setor, prevê que essa medida excluirá do mercado modelos mais econômicos, elevando o preço mínimo para mais de R$ 5.000. Atualmente, é possível adquirir modelos a partir de R$ 1.500.

Mudanças Gradativas

A implementação dessas normas será feita em duas etapas. A primeira, a partir de 31 de dezembro de 2023, exigirá que todos os refrigeradores fabricados ou importados tenham um índice máximo de consumo de energia de 85,5% do padrão. A segunda etapa, iniciando em 2025, será ainda mais rigorosa, com um limite de 90% sob novas regras de performance.

Impactos e Perspectivas

Além do aumento de preços, a Eletros expressa preocupação com a exclusão de consumidores de menor renda do mercado de eletrodomésticos. As vendas já estão em declínio, com 2023 projetado como um dos piores anos para a indústria de linha branca na última década. Paralelamente, o Ministério de Minas e Energia destaca os benefícios ambientais e econômicos dessas mudanças, projetando uma redução significativa na emissão de gases e economia de energia.

Visões Contrastantes

Enquanto a indústria se mostra reticente, entidades de defesa do consumidor e de pesquisa energética apoiam as novas medidas. Argumentam que, apesar do aumento nos preços iniciais, a longo prazo, haverá uma economia significativa de energia e uma redução na conta de luz dos consumidores. Estas entidades defendem um equilíbrio entre eficiência energética e custo acessível dos eletrodomésticos.