Zema enfrenta desafios na negociação da dívida estadual com o governo federal e lideranças políticas
Impasses na resolução da dívida mineira e desafios políticos locais marcam a atualidade
Por Plox
18/12/2023 10h56 - Atualizado há cerca de 1 ano
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, enfrenta controvérsias em suas relações com o governo federal e líderes políticos locais. Recentemente, Zema esteve perto de desmantelar um acordo alternativo para a dívida do estado com o governo do presidente Lula. Este plano, idealizado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite, surgiu como substituto à proposta original de Zema, que visava a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
A resistência de Zema tem sido evidente. Ele mobilizou prefeitos, ameaçou com atrasos salariais e propagou informações falsas para minar as negociações. Um ponto crítico ocorreu em 22 de novembro, quando Zema divulgou um vídeo de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros governadores, ocorrida em maio, para discutir a compensação financeira pela redução do ICMS de combustíveis - uma medida do governo Bolsonaro.
Este episódio intensificou as tensões, levando Haddad a expressar frustração com as atitudes de Zema. No entanto, Pacheco interveio, acalmando a situação e mantendo o diálogo entre Minas e o governo federal. Apesar disso, Zema voltou a criticar o plano em 6 de dezembro, desencadeando uma resposta defensiva de Haddad em favor de Pacheco.
Em outro contexto, Zema celebrou o progresso no acordo da dívida, mas omitiu o reconhecimento a algumas figuras-chave, como o secretário de Governo, Gustavo Valadares, e líderes na Assembleia. Esse episódio revela as complexidades e as nuances nas relações políticas dentro do estado.
Além disso, a negociação da dívida mineira enfrenta outro entrave: a possível federalização da Codemig, uma estatal de nióbio, gerando receios de auditorias e revelações de contratos privilegiados.
No cenário político mais amplo, surgem discussões sobre futuras candidaturas, como a do senador Cleitinho Azevedo para a prefeitura de Belo Horizonte, e a situação do atual prefeito, Fuad Noman, frente às eleições de 2024. O Partido dos Trabalhadores (PT), por sua vez, enfrenta decisões internas sobre a candidatura à prefeitura de BH, com a direção nacional do partido tendo a palavra final.
Finalmente, a Câmara Municipal de Belo Horizonte vivencia um momento de ironia e desarticulação, com vereadores criticando a administração atual por questões orçamentárias..