Carlos Bolsonaro (PL-RJ) fez um apelo público por maior rapidez no atendimento médico ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da Polícia Federal, no Distrito Federal. A manifestação foi publicada nesta quinta-feira (18) na rede social X, em meio a relatos de agravamento do quadro de saúde do ex-mandatário, que enfrenta crises constantes de soluços e tem indicação para cirurgia de hérnias inguinais.

Carlos fala em urgência cirúrgica e risco grave

Na publicação, o ex-vereador afirma que há recomendação de profissionais de saúde para uma cirurgia urgente das hérnias inguinais de Bolsonaro e alerta para possíveis consequências graves, inclusive para o funcionamento intestinal.

Ele relaciona o quadro atual às sequelas da facada sofrida por Jair Bolsonaro em 2018, durante a campanha presidencial, episódio que provocou problemas gástricos e já levou o ex-presidente a ser submetido a seis cirurgias abdominais.

Ao descrever o estado do pai, Carlos Bolsonaro ressalta que a manutenção do quadro sem intervenção adequada poderia, segundo ele, levar a um desfecho fatal, em um processo acelerado.

Impacto emocional da prisão e críticas a suposta demora

Carlos afirma ainda que o ex-presidente continua medicado, como ocorre desde o atentado, mas que o estado de saúde apresenta oscilações. Ele atribui esse movimento ao impacto emocional da prisão, que, na visão dele, influencia diretamente a resposta aos medicamentos, com períodos alternados de leve melhora e piora acentuada.

O vereador também acusa as autoridades de dificultar ou retardar o tratamento médico adequado, classificando a situação como violência institucional. Em sua avaliação, há um processo contínuo de pressão psicológica e física contra Bolsonaro, seus familiares e aqueles que acompanham o caso, em condições que, segundo ele, não seriam impostas nem mesmo a líderes de organizações criminosas ou terroristas.

Exames apontam duas hérnias inguinais

No domingo (14), Jair Bolsonaro passou por exames na Superintendência da Polícia Federal. De acordo com a defesa, uma ultrassonografia identificou duas hérnias inguinais.

Nesta quarta-feira (17), foi realizada a perícia determinada pelo ministro Alexandre de Moraes para avaliar o quadro de saúde do ex-presidente. O resultado deverá embasar um parecer oficial sobre a necessidade de realização da cirurgia, ainda sem data divulgada.