Política

Único petista a favor, Contarato vota por reduzir penas de 8 de janeiro na CCJ

Senador Fabiano Contarato (PT-ES) destoou da bancada do PT e apoiou o PL da Dosimetria na CCJ do Senado, projeto que reduz penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro em determinados casos e agora segue para o plenário

18/12/2025 às 10:12 por Redação Plox

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) votou a favor do Projeto de Lei da Dosimetria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (17).

Senador Fabiano Contarato

Senador Fabiano Contarato

Foto: Agência Senado / Roque de Sá


O parlamentar foi o único integrante do Partido dos Trabalhadores no colegiado a apoiar o texto, que prevê a redução de penas aplicadas a condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O posicionamento de Contarato destoou da bancada petista na comissão, que se posicionou contra a proposta.

Em agosto deste ano, Contarato já havia se isolado da maioria do partido ao ser o único senador do PT a apoiar a abertura da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, reforçando um histórico de votos independentes em temas sensíveis ao governo.

PL avança na CCJ e segue para o plenário

Em sessão que se estendeu por cerca de seis horas, o Projeto de Lei da Dosimetria foi aprovado na CCJ por 17 votos a 7. Com isso, o texto segue para análise do plenário do Senado, com votação prevista para ocorrer ainda nesta quarta-feira.

Relator da proposta, o senador Esperidião Amin (PP-SC) defendeu que o objetivo do projeto é “corrigir distorções” nas penas aplicadas aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e rever o que considerou uma atuação excessivamente rigorosa na fixação das condenações.

Se foi culpa da lei ou se foi culpa do juiz, eu não sei, mas há um consenso de que a mão foi pesada, muito pesada – relator Esperidião Amin

O que prevê o Projeto de Lei da Dosimetria

A proposta estabelece a possibilidade de redução de pena quando os crimes de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático forem praticados em contexto de multidão. Nesse cenário, o condenado não poderá ter financiado os atos nem exercido papel de liderança para ser beneficiado.

Com a aprovação na CCJ, o debate sobre o alcance do projeto e seus impactos sobre as condenações relacionadas ao 8 de janeiro passa a concentrar-se no plenário do Senado, onde o governo e a oposição travam disputa em torno dos limites da revisão das penas e da responsabilização dos envolvidos.

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