O Hospital Márcio Cunha deu mais um passo na modernização da assistência em saúde ao implantar Inteligência Artificial em um de seus equipamentos de ressonância magnética. A iniciativa reforça o compromisso da instituição em oferecer exames cada vez mais precisos, seguros e humanizados, mantendo o paciente no centro de todo o cuidado.
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O avanço se deu com a adoção da tecnologia Air Recon DL, solução da GE baseada em inteligência artificial. Segundo o coordenador de Engenharia Clínica do Hospital Márcio Cunha, Roosevelth Machado, a implantação ocorreu por meio de um upgrade no sistema Voyager, de 1,5 Tesla, com investimento de cerca de R$ 1 milhão.
Aplicamos o software Air Recon DL, que utiliza inteligência artificial para reconstrução das imagens, reduzindo ruídos e artefatos e garantindo imagens mais nítidas. Com isso, é possível diminuir o tempo dos exames entre 30% e 50%, além de melhorar a robustez em situações de movimento do paciente.Roosevelth Machado
O coordenador adianta ainda que, em 2026, a tecnologia também deverá ser incorporada em outro equipamento de ressonância do hospital, o Pioneer, de 3 Tesla.
Na prática, os ganhos são percebidos diretamente por quem utiliza o serviço. Para a gerente de Serviços de Diagnóstico do Hospital Márcio Cunha, Cristina Faleiro, a tecnologia responde a uma demanda clara dos pacientes. Ela destaca que a inteligência artificial entrega exatamente o que eles mais desejam: maior agilidade na realização dos exames e ampliação da disponibilidade de agendas.
A redução do tempo de exame torna toda a experiência mais confortável e eficiente, sem comprometer a qualidade das imagens e do diagnóstico.
De acordo com o médico especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital Márcio Cunha, Dr. Renato Milagres, a incorporação da inteligência artificial representa um salto importante também na precisão diagnóstica. Ele ressalta que a tecnologia permite imagens com maior sensibilidade e especificidade, aliadas a uma expressiva otimização do tempo de exame.
Esse conjunto de fatores resulta em diagnósticos mais precisos e maior segurança para o paciente, além de ampliar a capacidade de atendimento da instituição. Para o especialista, essa é uma tendência irreversível da radiologia, com protocolos cada vez mais rápidos, alguns com duração inferior a dez minutos.
O diretor técnico do Hospital Márcio Cunha, Dr. Alexandre Silva Pinto, reforça que o investimento em tecnologia faz parte da essência da instituição e da Fundação São Francisco Xavier. Segundo ele, há um compromisso permanente com a inovação e a atualização tecnológica, sempre com foco em mais qualidade assistencial e segurança para o paciente.
Dr. Alexandre destaca que os impactos positivos se estendem também à produtividade: os exames se tornam mais rápidos, as imagens mais nítidas, com menos ruídos, e há um ganho importante no desempenho dos equipamentos.
Ao encerrar, o diretor técnico ressalta que investir em inovação é uma escolha estratégica que se reflete diretamente na qualidade do cuidado. Trazer tecnologia significa ampliar a segurança, a eficiência e a confiança no diagnóstico, mantendo o paciente no centro das decisões e buscando, diariamente, oferecer o melhor a quem confia na assistência do hospital.
Hospital Márcio Cunha
Fundado há 60 anos, o Hospital Márcio Cunha é um hospital geral de alta complexidade, com 558 leitos e três unidades, sendo uma delas dedicada exclusivamente ao tratamento oncológico.
A instituição atende uma população de mais de 1,6 milhão de habitantes de 87 municípios de Minas Gerais e conta com cerca de 500 médicos em 58 especialidades. A estrutura contempla serviços de ambulatório, pronto-socorro, medicina diagnóstica, ensino e pesquisa, terapia intensiva adulta, pediátrica e neonatal, urgência e emergência, terapia renal substitutiva, alta complexidade cardiovascular, oncologia adulto e infantil, entre outros.
No último ano, o hospital realizou cerca de 5.200 partos, aproximadamente 36 mil internações, mais de 18 mil cirurgias e mais de 60 mil sessões de hemodiálise. Na unidade de oncologia, foram mais de 18 mil sessões de radioterapia e cerca de 33 mil sessões de quimioterapia.
O Hospital Márcio Cunha foi o primeiro do país a ser acreditado em nível de excelência (ONA III) pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Além disso, figura no ranking da revista norte-americana Newsweek entre as melhores unidades hospitalares do Brasil, ocupando a 6ª posição em Minas Gerais e a 27ª no país.
