Polícia

PCDF desarticula quadrilha que enganava idosos e roubava cartões bancários

Polícia Civil do DF, com apoio da Polícia Civil de SP, cumpre 14 mandados contra associação criminosa interestadual que causou prejuízo de cerca de R$ 500 mil no Distrito Federal e movimentava até R$ 7 milhões por ano

18/12/2025 às 09:47 por Redação Plox

Policiais civis da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) da Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, deflagraram, nesta quinta-feira (18/12), a segunda fase da Operação Finório. A ação mira uma associação criminosa interestadual especializada em aplicar golpes contra pessoas idosas.

De acordo com as investigações, a quadrilha movimentava valores expressivos, com estimativa de até R$ 7 milhões por ano. Cada período de atuação em uma cidade rendia, em média, R$ 150 mil, o que resultava em aproximadamente R$ 600 mil por mês. Somente no Distrito Federal, onde o grupo agiu em três períodos distintos ao longo de 2025, foram registradas 19 ocorrências policiais, com prejuízo aproximado de R$ 500 mil às vítimas.


Somente no DF, o prejuízo chega a R$ 500 mil de golpes contra idosos cometidos em três períodos distintos ao longo de 2025

Somente no DF, o prejuízo chega a R$ 500 mil de golpes contra idosos cometidos em três períodos distintos ao longo de 2025

Foto: Reprodução / PCDF

Mandados e apreensões em cinco cidades paulistas

Na segunda fase da Operação Finório, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em residências ligadas aos chamados “conteiros” da organização criminosa – indivíduos responsáveis por receber e movimentar os valores ilícitos repassados pelos executores diretos dos golpes, mediante o pagamento de comissões proporcionais aos montantes desviados.

As ordens judiciais foram cumpridas em São Paulo (capital), Santos, Praia Grande, Suzano e Mogi das Cruzes.

Durante as diligências, os policiais apreenderam dezenas de cartões de crédito utilizados na prática criminosa conhecida como “golpe da troca do cartão”, além de documentos de identidade de terceiros e outros elementos considerados relevantes para o avanço das investigações.

Esquema itinerante e focado em idosos

Na primeira fase da Operação Finório, a Polícia Civil já havia desvendado um esquema criminoso altamente organizado e de atuação itinerante em diversas capitais brasileiras. O grupo, oriundo do estado de São Paulo, deslocava-se semanalmente para aplicar golpes direcionados, principalmente, contra pessoas idosas, explorando sua maior vulnerabilidade em operações bancárias.

Como funcionava o golpe da troca do cartão

O modus operandi consistia em abordar as vítimas em caixas eletrônicos de shopping centers e supermercados, sob o falso pretexto de oferecer ajuda em operações bancárias, como supostas atualizações de chip ou a solução de pendências no sistema.

Enquanto aparentavam auxiliar, os criminosos substituíam os cartões bancários das vítimas, obtinham senhas e dados pessoais e, posteriormente, realizavam compras de alto valor ou pagamentos de boletos. Os recursos eram direcionados para contas de terceiros – os chamados “conteiros”.

Orientação da polícia para prevenir novos golpes

A Polícia Civil reforça o alerta à população, especialmente às pessoas idosas, para que não aceitem ajuda de desconhecidos em caixas eletrônicos. A recomendação é buscar exclusivamente funcionários devidamente identificados das instituições bancárias ou dos estabelecimentos comerciais, a fim de reduzir o risco de cair em golpes semelhantes.
Informações apuradas pelo portal Metrópoles.

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