Polícia

Operação afasta três policiais civis suspeitos de integrar esquema criminoso na Zona da Mata

Ação conjunta do MPMG e da Corregedoria da Polícia Civil investiga grupo que usaria estrutura da corporação para segurança privada ilegal e escolta armada, com apreensão de veículos de luxo, aeronave, armas e grande quantia em dinheiro

18/12/2025 às 10:18 por Redação Plox

Uma investigação conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Corregedoria da Polícia Civil levou ao afastamento de três policiais civis suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção, milícia privada, falsidade ideológica e organização criminosa na Zona da Mata mineira. A medida foi cumprida nesta quarta-feira (17), como parte de uma ofensiva contra o uso indevido da estrutura estatal para fins ilícitos.

. A residência de um empresário também foi alvo das buscas, onde a polícia encontrou uma grande quantia de dinheiro em espécie, além de documentos e equipamentos eletrônicos potencialmente relacionados à atividade ilícita.

. A residência de um empresário também foi alvo das buscas, onde a polícia encontrou uma grande quantia de dinheiro em espécie, além de documentos e equipamentos eletrônicos potencialmente relacionados à atividade ilícita.

Foto: Divulgação


De acordo com as apurações, o grupo seria liderado por um policial civil lotado na Delegacia Regional de Ubá, preso desde 28 de novembro de 2024. Segundo os investigadores, ele se valia da estrutura da Polícia Civil — com acesso a recursos materiais e a pessoal — para oferecer serviços ilegais de segurança privada, incluindo escolta armada de valores, em um esquema que misturava atividade pública e interesses particulares.

Mandados de busca e apreensão de bens de alto valor

A operação desta quarta-feira também cumpriu dez mandados de busca domiciliar em endereços ligados aos suspeitos. Em fases anteriores da investigação, já haviam sido apreendidos bens de alto valor, entre eles veículos de luxo, uma aeronave e armas de fogo, o que, para os investigadores, reforça a suspeita de estruturação profissional do esquema criminoso.

Durante a ação mais recente, um agente público foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. A residência de um empresário também foi alvo das buscas, onde a polícia encontrou uma grande quantia de dinheiro em espécie, além de documentos e equipamentos eletrônicos potencialmente relacionados à atividade ilícita.

Documentos indicam colaboração entre agentes públicos e privados

As investigações apontam ainda a existência de planilhas de pagamento, escalas de trabalho, registros de movimentações bancárias e documentos de planejamento que sugerem a participação conjunta de servidores públicos e agentes privados na prestação ilegal de serviços de segurança. Para os investigadores, esse conjunto de evidências indica um modus operandi estruturado, com divisão de tarefas e fluxo financeiro próprio, típico de organização criminosa.

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