O pastor Silas Malafaia criticou a forma como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) colocou seu nome como possível candidato à Presidência da República em 2026 e afirmou que não aceita essa articulação. Para ele, a configuração mais competitiva no campo da direita seria uma chapa formada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Críticas à articulação em torno de Flávio Bolsonaro

Em entrevista concedida ao portal Metrópoles nesta terça-feira (16), Malafaia classificou o movimento de Flávio como precipitado e avaliou que a decisão foi tomada em um momento de fragilidade emocional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está preso após ter sido condenado.

Sem esconder o descontentamento, o pastor afirmou que, embora mantenha aliança política com o grupo bolsonarista, não pretende referendar a iniciativa do senador do PL do Rio de Janeiro.

Segundo ele, a forma como a pré-candidatura foi lançada desconsiderou aliados importantes e não passou por um processo de construção interna, o que aumentou a resistência dentro da própria base de direita.

Malafaia diz que não aceitará candidatura de Flávio

Malafaia reforçou que não pretende apoiar o nome de Flávio Bolsonaro para a disputa presidencial e reagiu especialmente à ausência de diálogo com lideranças próximas, entre elas Michelle Bolsonaro, que, de acordo com o pastor, também teria sido surpreendida pela movimentação.

O pastor relatou que a ex-primeira-dama não foi consultada previamente sobre a estratégia política em torno do senador e que isso agravou seu incômodo com a forma como a pré-candidatura foi apresentada.

Reação da base de direita e avaliação sobre 2026

Na avaliação de Malafaia, não houve empolgação significativa entre apoiadores da direita após o anúncio de Flávio Bolsonaro como possível presidenciável. Para ele, a recepção morna do eleitorado e a falta de entusiasmo de lideranças conservadoras evidenciam fragilidades da pré-candidatura.

Ele também interpretou a ausência de ataques mais contundentes por parte de setores da esquerda como um sinal de que o nome de Flávio seria considerado conveniente para o campo governista em uma eventual disputa nacional.

Ao projetar o cenário eleitoral de 2026, Malafaia afirmou enxergar maior potencial em uma composição formada por Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro, que, em sua visão, representaria a chapa mais forte para enfrentar o grupo hoje no poder e unificar o eleitorado de direita.