Aumento de 754% nos casos de Arboviroses em Minas Gerais e primeira morte de 2024 confirmada

Minas Gerais reportou um aumento impressionante de 754% nos casos de arboviroses — que incluem dengue, chikungunya e zika vírus — na primeira quinzena de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) confirmam o primeiro óbito do ano por chikungunya na cidade de Sete Lagoas.

Preocupação com o Aumento de Casos A situação é tão grave que a Prefeitura de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, solicitou o espaço de uma igreja para montar um hospital de campanha, antecipando um aumento nos casos de dengue e chikungunya no bairro Nacional. Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, em reunião com prefeitos e secretários municipais de saúde, enfatizou a necessidade de atenção às arboviroses e a importância da participação dos municípios no combate ao mosquito Aedes aegypti.

Estratégias de Enfrentamento Para combater as arboviroses, o Estado de Minas Gerais lançou um Plano de Contingência, oferecendo treinamentos para profissionais de saúde e repassando recursos para apoiar as ações municipais. Até 15 de janeiro de 2024, foram notificados 13.384 casos prováveis de arboviroses, com 3.983 casos confirmados de dengue e três mortes em investigação. Já chikungunya apresentou 1.223 casos confirmados e um óbito, sem notificações de zika no mesmo período.

Análise da Infectologista Luana Araújo A infectologista Luana Araújo expressa grande preocupação com o cenário para 2024, destacando a combinação de calor intenso e chuvas como condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Ela alerta para a circulação dos sorotipos 3 e 4 da dengue, além do 1 e 2, e a dificuldade de diagnosticar casos de chikungunya e zika devido à sobreposição de sintomas com a dengue.

Importância da Prevenção Individual Luana Araújo ressalta a importância da prevenção individual, incentivando a população a eliminar os focos do mosquito em suas residências e redondezas. Ela enfatiza a responsabilidade de cada pessoa em reduzir a presença do mosquito, considerando que mais de 70% dos focos estão nos domicílios.