Renato Cariani usou dados de crianças para comprar hormônios, diz PF

Detalhes da investigação revelam que Cariani pediu a Couto nomes de crianças que pudessem ser usados para facilitar a compra do hormônio a preços reduzido

Por Plox

19/02/2024 18h19 - Atualizado há cerca de 1 ano

A Polícia Federal, em seu relatório sobre a Operação Hinsberg, identificou que o influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, implicado em investigações de tráfico de drogas, recorreu a uma estratégia ilícita para adquirir hormônios de crescimento em 2017. De acordo com informações obtidas pela CNN, Cariani teria solicitado a colaboração de uma amiga, Elen Couto, para obter prescrições médicas e descontos na aquisição do Norditropin, também conhecido como GH. Este medicamento é normalmente prescrito para crianças com deficiência de crescimento, mas é popularmente utilizado no meio fitness para estimular o aumento muscular.

Detalhes da investigação revelam que Cariani pediu a Couto nomes de crianças que pudessem ser usados para facilitar a compra do hormônio a preços reduzidos. Posteriormente, foi descoberto que os nomes fornecidos pertenciam aos alunos de Couto, indicando uma manipulação dos dados para obtenção do produto. A Polícia Federal destaca que o objetivo da aquisição dos hormônios desviava-se do propósito médico original, apontando para um uso indevido ligado ao aprimoramento físico.

Foto: Redes Sociais

 Renato Cariani vira réu por tráfico de drogas

O influenciador  foi formalmente acusado pela Justiça de Diadema nesta sexta-feira (16), juntamente com outras quatro pessoas, por alegações de envolvimento em tráfico de drogas. O Ministério Público de São Paulo apresentou a denúncia, levando à proibição de saída do país para os envolvidos, que também tiveram seus passaportes apreendidos.

Além de Cariani, Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira enfrentam acusações. O grupo dispõe de um prazo de dez dias para entregar suas defesas à Justiça.

A investigação aponta que os acusados participavam de um esquema de desvio de substâncias químicas, incluindo acetona, éter etílico, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, manitol e fenacetina. Essas substâncias, totalizando 12 toneladas desviadas, são comumente usadas na conversão da pasta base de cocaína em sua forma em pó ou em crack.

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