Anvisa adia decisão sobre comercialização de autotestes para dengue

Previsto para ser abordado na última reunião da diretoria colegiada da agência, o assunto foi excluído da discussão

Por Plox

19/03/2024 19h14 - Atualizado há 12 meses

A comercialização de autotestes para dengue no Brasil enfrenta um adiamento, conforme decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Previsto para ser abordado na última reunião da diretoria colegiada da agência, o assunto foi excluído da discussão. A decisão de adiar a discussão foi influenciada pela necessidade de mais alinhamentos entre a Anvisa e o Ministério da Saúde, segundo declarou o diretor Daniel Pereira. Ele destacou a importância de desenvolver políticas públicas adequadas para a gestão deste tipo de produto de diagnóstico, considerando a dengue uma doença de notificação obrigatória.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, já havia sinalizado que a agência estava em negociação com o Ministério da Saúde para avançar na comercialização dos autotestes. Esses testes permitem que os próprios cidadãos realizem o diagnóstico, exigindo, porém, um mecanismo que garanta a notificação dos casos às autoridades de saúde.

Marília Santini, coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde, confirmou que houve discussões com a Anvisa sobre o assunto. Ela esclareceu que o autoteste e o teste rápido são o mesmo dispositivo, mas diferem na forma de aplicação, sendo o último administrado por profissionais de saúde. Santini também ressaltou que, ao contrário dos autotestes para covid-19, que ajudam a interromper a transmissão do vírus, o autoteste para dengue não desempenha um papel similar, visto que a dengue é transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos Aedes aegypti.

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