Por Plox
19/04/2022 17h50 - Atualizado há 2 mesesApós 13 anos, a Esquadrilha da Fumaça deve retornar à Ipatinga, Minas Gerais, para uma apresentação de manobras aéreas. O show de acrobacias deve acontecer sobre o Parque Ipanema e está marcado para o próximo sábado (23), às 16 horas.
Por conta da pandemia, as apresentações ficaram suspensas e retornaram no último mês de março. Nas últimas semanas foi realizado um intenso trabalho da equipe: voos de treinamento, manutenção das aeronaves e procedimentos administrativos, tudo para deixar pronta a retomada da agenda de voos. “Retornar às atividades é imprescindível para um esquadrão de demonstração aérea. Desde o fim de janeiro, a equipe tem trabalhado com empenho para estar pronta para esse momento”, afirma o Tenente-Coronel Daniel Garcia Pereira, comandante do Esquadrão.
Em 2022, a Esquadrilha da Fumaça completa 70 anos de história, sendo uma das esquadrilhas mais antigas e respeitadas do mundo. No Brasil, o Esquadrão é uma das principais ferramentas de comunicação social, sendo um importante elo entre as instituições militares e a população civil. Fora do País, também é um instrumento de diplomacia com as Forças Armadas de países vizinhos e amigos.
História
O Embraer EMB-314 Super Tucano é uma aeronave turboélice de ataque leve e treinamento avançado, que incorpora os últimos avanços em aviônicos e armamentos. Concebido para atender aos requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB), para uma aeronave de ataque tático, capaz de operar na Amazônia Brasileira em proveito do projeto SIPAM/SIVAM, e de treinador inicial para pilotos de caça.
Em 2013, a Esquadrilha da Fumaça iniciou o processo de implantação da aeronave A-29, um modelo caça responsável pela garantia da segurança nas fronteiras do país atualmente, em substituição a uma aeronave usada, ainda nos dias de hoje, para instruir futuros aviadores do Brasil. Desde 2005, a Força Aérea Brasileira utiliza o Super Tucano com a finalidade de formar novos pilotos de combate, além de prepará-los para missões de ataque e de interceptação de aeronaves. Além do Brasil, o modelo possui onze países operadores, tais quais Afeganistão, Angola, Burkina Fasso, Chile, Colômbia, Equador, Indonésia, Líbano, Mali, Mauritânia, República Dominicana. O que confirma ser um marco para o EDA, pois incrementa sua missão de voar em um modelo ainda em produção pela Embraer e com um amplo mercado a ser explorado.
As cores da bandeira nacional continuam a compor a pintura da nova aeronave que ganha tonalidades mais fortes e marcantes para facilitar a visualização das manobras por parte do público. Entre as novidades, destaca-se a nova localização da numeração que representa a posição da aeronave nos voos em formação. Diferente do Tucano T-27, o número ficará, agora, na lateral da fuselagem. Outra inovação é o desenho da bandeira nacional na cauda do avião, feito de forma a passar uma impressão de que tremula com o vento.
Em 2015, a instituição concluiu o processo de implantação dessa aeronave na Fumaça e retomou sua agenda de demonstrações aéreas.