Brasil regula abate e processamento de animais para mercado religioso

Novas regulamentações do MAPA facilitam exportação de carne halal e kosher

Por Plox

19/04/2024 15h00 - Atualizado há 12 dias

No Brasil, a ampla diversidade religiosa influencia diretamente a dieta da população. Essa variedade, aliada ao aumento das exportações para países asiáticos, potencializou o mercado para o abate religioso, especialmente halal e kosher.

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Halal: regras e significados -

Em nações de maioria muçulmana como Egito e Arábia Saudita, o consumo de alimentos segue rigorosas diretrizes islâmicas. A palavra "halal" significa "permitido", abrangendo não apenas o tipo de alimentos consumidos, mas também os métodos de abate, excluindo animais como o porco e exigindo procedimentos específicos para carne de frango e bovinos.

Kosher: práticas judaicas 

Similarmente, em Israel e outros países judaicos, os alimentos devem ser kosher, ou "apropriados", incluindo o cumprimento de regras específicas desde o abate até o processamento final dos produtos de origem animal.

Regulamentação nacional 

O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) estabeleceu critérios detalhados para a autorização de estabelecimentos que realizam o abate religioso. Os solicitantes devem seguir um protocolo eletrônico, incluindo uma declaração de autoridade religiosa e a concordância com as normas brasileiras de bem-estar animal e sanitárias.

Portaria e implementação 

 Uma portaria recentemente publicada no Diário Oficial da União detalha essas regulamentações, que serão efetivas a partir de 2 de maio. Ela visa não apenas assegurar o respeito pelas práticas religiosas, mas também ampliar os mercados de exportação para os produtos brasileiros, alinhando práticas de abate com as expectativas internacionais de qualidade e ética.

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