Terremoto em SP reacende alerta sobre atividade sísmica no Brasil

Moradores de Itajobi, cidade localizada no interior de São Paulo, levaram um susto nesta última quarta-feira após sentirem um tremor de terra. O abalo sísmico registrado atingiu a magnitude de 3,4 na escala Richter e foi confirmado pela Rede Sismográfica Brasileira. O evento, que gerou apreensão entre os residentes, está sendo analisado por especialistas do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília.

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Apesar da surpresa de muitos, a resposta para a dúvida que circulou nas redes sociais e conversas nas ruas é clara: sim, foi um terremoto. E mais: embora não sejam frequentes, esses fenômenos acontecem sim no Brasil.

Durante anos, foi disseminada a ideia de que o território brasileiro era imune a tremores, mas isso não corresponde à realidade geológica do país. O Brasil está situado sobre a Placa Sul-Americana, uma das grandes placas tectônicas do planeta. Mesmo afastado das bordas, onde geralmente ocorrem os maiores terremotos, o país ainda é suscetível a abalos causados por falhas geológicas antigas e por reflexos de tremores em regiões vizinhas.

As regiões Sudeste e Nordeste são as que mais registram esse tipo de atividade, embora também haja ocorrências nos estados do Norte e Centro-Oeste. A região Sul, por outro lado, é onde esses eventos são menos comuns.

O abalo em São Paulo não causou danos estruturais ou vítimas, mas reacende uma lembrança trágica: em 2007, o município de Itacarambi, no norte de Minas Gerais, viveu um dos episódios mais severos já registrados no país. Um terremoto de magnitude 4,9 atingiu a cidade, resultando na morte de uma pessoa, ferimentos em outras cinco e na destruição de diversas casas. Esse episódio permanece como o único com morte confirmada associada a um terremoto em território brasileiro.

'As características da nossa placa tectônica nos protegem de grandes catástrofes, mas não nos excluem da rota dos tremores', explica um dos pesquisadores envolvidos nas análises do Observatório Sismológico.

O episódio em Itajobi reforça a importância do monitoramento sísmico contínuo e da conscientização da população. Especialistas destacam que, embora raros, os terremotos no Brasil exigem atenção e preparo, principalmente em áreas com histórico de atividade geológica.