Comerciante é denunciado por homicídio quadruplamente qualificado pela morte de jovem grávida em Ipatinga

Sílvio Almeida da Silva, um comerciante de 42 anos, é acusado de cometer um crime hediondo contra sua ex-companheira, Joyce Luiza Silva de Araújo, de 22 anos. A vítima descobriu que estava grávida dias antes de ser brutalmente assassinada com um tiro na cabeça, no dia 4 de maio, no bairro de Chácaras Madalena, em Ipatinga.

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A formalização das acusações

A denúncia formalizada pelo promotor Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, da 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga, foi baseada nas conclusões de uma investigação liderada pelo delegado Marcelo Franco Marino, chefe da Delegacia de Homicídios de Ipatinga. Sílvio foi acusado de um crime de extrema gravidade: homicídio quadruplamente qualificado, caracterizado por motivo torpe, meio que provocou perigo comum, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

De Ipatinga ao Espírito Santo: a prisão do suspeito

Após o crime, o homem fugiu de Minas Gerais, rumo ao Espírito Santo. Ele foi detido cinco dias depois, na cidade de Piúma, durante uma tentativa de encontro com um motorista de aplicativo contratado para transportar o veículo supostamente utilizado no crime.

Os detalhes do relacionamento entre o acusado e a vítima revelam uma dinâmica de abuso e violência, conforme a denúncia. Em mensagens trocadas entre os dois, Joyce demonstra sua preocupação, reforçada pelo histórico violento do ex-companheiro. A negativa da vítima em retomar o relacionamento é apontada como a motivação torpe do crime, marcado pela fúria egoísta e punitiva do acusado.

O caso agora segue para a Vara do Tribunal do Júri de Ipatinga. Se a acusação for aceita pela Justiça e pelo Conselho de Sentença, Silva poderá ser condenado a uma pena de 16 a 45 anos de reclusão em regime fechado, reflexo da natureza hedionda do crime cometido.