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Política

Supremo Tribunal Federal pondera sentença de até 33 anos para Fernando Collor

De acordo com as acusações levantadas pela Operação Lava-Jato, Collor está envolvido em crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

19/05/2023 às 11:47 por Redação Plox

Em um desdobramento dramático na esfera política, o ex-presidente e ex-senador brasileiro Fernando Collor de Mello está enfrentando uma possível condenação de até 33 anos de prisão. De acordo com as acusações levantadas pela Operação Lava-Jato, Collor está envolvido em crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

 

(crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

Votação no Supremo Tribunal Federal

Segundo informações do Supremo Tribunal Federal (STF), seis dos ministros concordaram com a existência de evidências suficientes para comprovar a prática de corrupção e lavagem de dinheiro por parte de Collor. A deliberação foi adiada devido ao horário e espera-se que seja retomada na próxima semana.

O ex-presidente é acusado de usar sua influência política na BR Distribuidora para viabilizar contratos com a UTC Engenharia, resultando em uma propina total de R$ 29,9 milhões.

Caso complica empresários

Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, ambos empresários, também estão entre os réus neste caso. Segundo o ministro Edson Fachin, relator do caso, os recursos provenientes de vantagens indevidas também eram depositados em contas correntes de empresas controladas por Collor, tornando os valores disponíveis para o ex-presidente como se fossem lícitos, uma vez que sua origem era ocultada.

Posicionamento dos ministros e decisões pendentes

Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, André Mendonça, Luiz Fux e Cármen Lúcia votaram a favor da condenação de Collor, concordando com o relator Fachin. Em contrapartida, Kássio Nunes Marques defendeu a absolvição de Collor e de todos os demais réus mencionados na ação penal. Os votos dos ministros Rosa Weber, Dias Toffoli e Gilmar Mendes ainda são aguardados.

Argumentos da Procuradoria-Geral da República e possibilidade de recursos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que os repasses ilícitos foram realizados entre 2010 e 2014, período em que Collor havia indicado dois diretores para a BR Distribuidora. A PGR pede uma sentença de 22 anos de prisão, enquanto o ministro Fachin sugere um tempo de detenção de 33 anos.

Depois da conclusão do julgamento, ainda há espaço para recursos, incluindo embargos infringentes e embargos de declaração.

Declarações dos ministros e posicionamento da defesa

Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes enfatizou que "as investigações por organização criminosa são extremamente completas" e declarou que acompanha integralmente a opinião do ministro Edson Fachin. A ministra Cármen Lúcia, por outro lado, destacou que diversos elementos comprovam a existência de uma associação estruturada para cometer os crimes.

Ao ser contatado, o advogado de Collor, Marcelo Bessa, afirmou que seu cliente é inocente. "A defesa reitera sua convicção de que o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello não cometeu crime algum. E essa convicção vai prevalecer até o final", disse.

Cálculo da sentença e possíveis mudanças de votos

A dosimetria da pena, que é a definição do tempo de detenção a ser cumprido pelo réu, será determinada no final do julgamento. Além disso, é importante mencionar que, até a conclusão do caso, os ministros têm a possibilidade de alterar seus votos.

Outro fator relevante a considerar é que, por ter mais de 70 anos, Collor tem o direito a um abatimento de pena pela metade, de acordo com as leis brasileiras.

Contexto mais amplo

Esta é mais uma etapa do contínuo esforço do Brasil para lidar com a corrupção em seus mais altos escalões de poder. A Operação Lava-Jato, por exemplo, tem sido um marco no combate à corrupção no país, trazendo à luz muitos casos de corrupção, lavagem de dinheiro e atividades ilegais relacionadas. Este caso em particular, envolvendo um ex-presidente da República, reitera o compromisso do país em levar todos os suspeitos de corrupção à justiça, independentemente de seu status ou posição.

Essa situação em curso é um lembrete do desafio constante que o Brasil enfrenta para eliminar a corrupção e estabelecer a integridade e a transparência como valores fundamentais em seu sistema político e econômico. Embora ainda existam muitos desafios pela frente, a busca por justiça no caso de Collor demonstra a determinação das instituições do país em cumprir a lei.

Aguarda-se a retomada do julgamento na próxima semana, quando mais detalhes e decisões serão divulgados.

 

 

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