Janja culpa redes sociais por influenciar atos violentos de crianças
Primeira-dama cita casos de criança que matou animais e menina que inalou desodorante por desafio do TikTok
Por Plox
19/05/2025 18h10 - Atualizado há 2 dias
Durante a abertura da Semana Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual, realizada em Brasília nesta segunda-feira (19), a primeira-dama Janja da Silva voltou a manifestar forte preocupação com o impacto das redes sociais na vida das crianças e adolescentes.

Ela destacou dois episódios marcantes, que segundo ela evidenciam os perigos do ambiente digital. O primeiro envolve um menino de apenas 9 anos, que, em outubro do ano passado, matou 23 animais — sendo 20 coelhos e três porquinhos-da-índia — após invadir um hospital veterinário em Nova Fátima, no interior do Paraná. As imagens captadas por câmeras de segurança mostram o menor cometendo os atos de violência.
“Eu fiquei em choque quando vi crianças de 7, 8 anos torturando animais. Isso certamente eles viram em algum vídeo adulto. Elas estão vulneráveis a isso. Às vezes, elas cometem atos sem realmente saber o que aquilo significa”, disse a primeira-dama.
Janja também relembrou o caso da pequena Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, que morreu após inalar desodorante aerossol em Ceilândia, no Distrito Federal. De acordo com a família, a menina teria participado de um desafio viralizado na plataforma TikTok. Ela foi atendida em 10 de abril no Hospital Regional da cidade e teve a morte confirmada três dias depois.
Diante dos casos, a esposa do presidente Lula reforçou a necessidade de uma atuação mais rígida das plataformas digitais na regulação de conteúdo. “As redes sociais, os jogos online, os grupos de mensagens, todos os espaços digitais fazem parte do cotidiano dos nossos filhos, das nossas crianças e adolescentes e, como qualquer espaço, há riscos”, pontuou.
Janja alertou ainda para os perigos que esses ambientes oferecem, como violência virtual, aliciamento, bullying digital e acesso a materiais inapropriados e até criminosos. Para ela, a regulação desses conteúdos é uma medida “indispensável” para proteger os jovens brasileiros.
Os posicionamentos da primeira-dama reforçam sua constante atuação em temas sociais e educacionais, sobretudo quando envolvem a juventude e os impactos da tecnologia na sociedade.