Países suspendem importação de frango após gripe aviária no RS

O primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil foi confirmado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, e gerou uma onda de reações internacionais que já afetam diretamente as exportações brasileiras.

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Logo após a confirmação do caso, países como Chile, Argentina, Uruguai, México e Coreia do Sul comunicaram a suspensão das importações de frango e derivados provenientes de qualquer estado brasileiro. A medida segue protocolos sanitários internacionais e causou grande impacto no setor avícola nacional.

Além desses países, o Brasil interrompeu voluntariamente a certificação das exportações para destinos estratégicos como China, União Europeia, Canadá e África do Sul. Essa suspensão segue cláusulas previstas em acordos sanitários que regulam o comércio internacional de produtos de origem animal.

Outras nações, no entanto, adotaram medidas mais específicas. Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas optaram por restringir as importações apenas à cidade de Montenegro, permitindo que produtos oriundos de outras regiões do Rio Grande do Sul e de outros estados brasileiros continuem a ser exportados normalmente.

O episódio marca um ponto de inflexão, sendo o primeiro registro da doença em granjas comerciais brasileiras. Até então, os casos identificados no país se restringiam à fauna silvestre. A confirmação do foco em um ambiente de produção comercial acende um alerta para autoridades sanitárias e produtores.

\"Esse é um episódio que exige atenção redobrada do setor, pois afeta diretamente a confiança internacional na qualidade sanitária da nossa produção\", destacou uma fonte ligada ao setor agroexportador.

Enquanto isso, medidas preventivas seguem sendo tomadas em diversos estados. Em Minas Gerais, por exemplo, o governo estadual anunciou o descarte de 450 toneladas de ovos como parte de sua estratégia de prevenção contra a propagação da doença.

O cenário ainda é de incerteza quanto à extensão do impacto, mas especialistas afirmam que o Brasil precisará atuar com rapidez e transparência para reverter os embargos e restabelecer a confiança dos mercados internacionais.