Por Plox
19/06/2019 12h27 - Atualizado há mais de 4 anosDepois de se manifestar contra a privatização dos Correios, o presidente da estatal, o general Juarez Aparecido de Paula Cunha, informou sobre sua demissão através de um post em seu perfil do Twitter na madrugada desta quarta-feira, 19 de junho.
Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara
A saída do militar havia sido informada pelo presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira, 14, em um café com jornalistas, no Palácio do Planalto. Em abril, estudos para a desestatização da companhia tinham sido autorizados por Bolsonaro, que disse que Juarez teve comportamento de ‘sindicalista’ ao se posicionar contrário à iniciativa em uma audiência pública no Congresso. Entretanto, não havia data alinhada para Juarez deixar a empresa. O general, por sua vez, falou num evento que só sairia da presidência quando a demissão fosse oficializada, então, ele foi trabalhar normalmente segunda e terça-feira.
Foto: Reprodução/Twitter
Desde novembro passado à frente da estatal, no governo Temer, Juarez se dirigiu da seguinte forma aos seguidores nesta manhã: “Caros amigos! Hoje me afasto dos Correios. Foram sete meses de alegria, obtivemos excelentes resultados, conduzimos a recuperação da empresa e fizemos grandes amigos”. O militar descreveu o resultado do trabalho na empresa como positivo. “Saldo muito positivo e a certeza que vocês continuarão no cumprimento da missão”.
Juarez destinou uma carta aos empregados da estatal e afirmou que "se não fosse para exercitar minhas firmes convicções, não poderia ser presidente dos Correios”. Demonstrando não ter ficado arestas na relação com Bolsonaro, ele encerrou numa referência ao slogam de companha do presidente: "Brasil acima de tudo! Correios no coração de todos!”. Bolsonaro adiantou que avalia alguns nomes possíveis para presidir os Correios.
Atualização 13h44