Restauração da Ponte Queimada pode sair do papel; saiba mais
O governo federal destinou R$1.160.074,31 para a reforma dessa ponte histórica
Por Plox
19/06/2024 19h32 - Atualizado há 6 meses
A restauração da Ponte Queimada, que conecta as cidades de Pingo D'Água e Marliéria, na divisa com o Parque Estadual do Rio Doce (PERD), está prestes a ser realizada. O governo federal destinou R$1.160.074,31 para a reforma dessa ponte histórica, com recursos indicados pela deputada federal Rosângela Reis. O compromisso orçamentário assegura que os fundos estão garantidos para o projeto.
A prefeitura de Marliéria, responsável pela execução do projeto, tem até o final do mês para submeter o projeto executivo ao sistema do Governo Federal. “Essa obra é um compromisso do nosso mandato. Estamos alinhados com o prefeito Hamilton (Marliéria), que foi responsável pela elaboração do projeto. Em Brasília, conseguimos viabilizar o recurso necessário para a realização da obra. É importante ressaltar que a ponte, que liga o Vale do Aço à região de Caratinga, possui grande potencial turístico, permitindo uma exploração sustentável do Parque Estadual do Rio Doce e valorizando este marco histórico da região”, afirmou a deputada.
Problemas e expectativas locais
O comerciante José Altair Duarte, que há mais de 40 anos transita na região, destacou que nos últimos meses o trânsito de pedestres e veículos foi interrompido devido às más condições da ponte. “Eu já fiz reparos por conta própria na ponte. Meses atrás, alguém colocou fogo na ponte, deixando-a intransitável. Agora, essa notícia cria uma expectativa de resolução definitiva deste problema. É uma demanda de toda a região, prova disso são as mais de 5 mil assinaturas em um abaixo-assinado pedindo a reforma da ponte”, disse.
A história e importância da Ponte Queimada
Situada entre Pingo D'Água e Marliéria, a Ponte Queimada tem cerca de 200 metros de extensão e atravessa o rio Doce em um dos limites do Parque Estadual do Rio Doce (PERD). A ponte serve como uma das entradas para a área de preservação e acesso para veículos de salvamento e combate a incêndios.
Embora a data exata de sua construção seja incerta, acredita-se que a ponte tenha sido erguida no século XVIII ou XIX, com uma reconstrução na década de 1930 que manteve suas características originais de pilares de concreto, estrutura de ferro e piso de madeira.
O cenário que envolve a ponte, o rio Doce e a mata do Parque Estadual do Rio Doce constitui um dos principais atrativos turísticos da região. Contudo, a deterioração das condições da ponte reduziu significativamente o tráfego local. Em agosto de 2023, um incêndio criminoso danificou 10 metros da ponte, resultando na interdição total da travessia.
Com os recursos assegurados e o projeto em andamento, a restauração da Ponte Queimada promete não apenas resolver os problemas de trânsito, mas também revitalizar um importante marco histórico e turístico da região.