Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.
É notícia? tá no Plox
Extra
Tecnologia coloca Brasil à frente de Reino Unido, China e EUA na transição energética
Relatório do Fórum Ecoômico Mundial coloca o Brasil na 12ª posição, destacando o uso de energia hidrelétrica e biocombustíveis como fatores-chave.
19/06/2024 às 18:53por Redação Plox
19/06/2024 às 18:53
— por Redação Plox
Compartilhe a notícia:
Relatório do Fórum Econômico Mundial divulgado nesta quarta-feira (19) coloca o Brasil entre os países mais bem preparados para a transição energética, superando Reino Unido, China e Estados Unidos.
Foto::Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP
O uso extensivo de energia hidrelétrica e biocombustíveis é um dos principais fatores que colocam o Brasil na 12ª posição no Índice de Transição Energética (ETI), à frente do Reino Unido (13º), China (17º) e Estados Unidos (19º). Esses dois últimos são considerados os maiores poluentes do mundo. "Conhecido mundialmente por ter uma das matrizes mais limpas, o Brasil viu uma expansão continuada na sua indústria de renováveis", afirma o relatório.
O índice avalia 120 países com base em 46 indicadores, distribuídos em duas categorias: performance do sistema (sustentabilidade, segurança energética e equidade) e prontidão para a transição energética (cenário político-econômico, educação, capital humano, infraestrutura e inovação). A média global foi de 56,5 pontos, enquanto o Brasil registrou 65,7 em 2024. Suécia, Dinamarca, Finlândia e Suíça lideram o ranking.
Segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 49,1% da matriz energética brasileira é composta por energias renováveis, comparado com 14,7% no mundo e 12,6% entre os países da OCDE.
A presidente executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum, reconhece o potencial do Brasil, mas destaca a necessidade de transformar essa potencialidade em realidade. "Nós enxergamos na transição energética uma grande oportunidade para a economia brasileira", diz Gannoum.
A China, apesar de ser a maior poluidora, se destaca pelo uso em larga escala de energia solar fotovoltaica, produzindo em 2023 a mesma quantidade de energia solar que todo o planeta no ano anterior. Na América do Sul, o Chile, 20º no ranking, avança com 35% de sua matriz energética proveniente de energia solar e eólica.
O relatório também indica que, apesar de 107 países terem apresentado progresso na última década, 83% regrediram em pelo menos uma das três principais dimensões avaliadas no último ano: sustentabilidade, segurança energética e equidade. "O índice deste ano deixa uma mensagem clara: é necessária uma ação urgente", afirma Espen Mehlum, chefe de transição energética inteligente e aceleração regional do Fórum Econômico Mundial.
As últimas posições do ranking são ocupadas por República Democrática do Congo, Iêmen, Tanzânia, Moçambique e Mongólia, que, apesar das baixas classificações, têm diversificado suas matrizes energéticas.
Os países desenvolvidos são incentivados a facilitar a transição energética nas nações em desenvolvimento, respeitando soluções locais. A participação do Brasil na Iniciativa de Descarbonização Industrial Profunda, anunciada em julho de 2023, é citada como um passo significativo rumo à sustentabilidade e justiça social.