Líder do PT critica nova alta da Selic e chama medida de “indecente e proibitiva”

Taxa chega a 15%, maior nível desde 2006, após quarto aumento na gestão Galípolo

Por Plox

19/06/2025 09h39 - Atualizado há 2 dias

BRASÍLIA — O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade na última quarta-feira (18), elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, alcançando 15% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


A decisão marca o quarto aumento desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência do BC, nomeado pelo presidente Lula, e o sétimo aumento consecutivo desde o ciclo iniciado anteriormente. Embora no encontro anterior houvesse menção a uma possível pausa, prevaleceu a opção por novo ajuste para conter a inflação.



“O aumento é indecente e proibitivo”, afirmou Lindbergh Farias (PT‑RJ), líder da bancada petista na Câmara, em publicação nas redes sociais. Ele criticou o Banco Central, questionando por que não leva em conta o impacto que a alta da Selic impõe às contas públicas:
“Se dizem que a dívida preocupa tanto, por que a política de juros não considera o custo que ela própria impõe às contas públicas?”


Lindbergh também destacou que o crescimento da dívida não resulta de investimentos em áreas essenciais como saúde ou educação, mas do pagamento de juros, ironizando que se fala muito em ajuste fiscal e dívida pública, mas sem considerar a origem do problema nas taxas.



Embora as críticas venham de um líder da base governista, Lindbergh reconheceu que elas soaram menos duras do que as dirigidas a Roberto Campos Neto, ex-presidente do BC durante o governo Bolsonaro.



A expectativa agora é que o Copom interrompa o ciclo de alta, mantendo a Selic em 15% pelo restante de 2025.


Finalizando, o impacto fiscal do aumento será observado de perto, assim como os efeitos dessa decisão na economia e no orçamento federal.


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