Lindbergh Farias critica política de juros e cobra revisão urgente

Durante esta quarta-feira, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que ocupa a liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara, manifestou forte oposição à mais recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que aumentou novamente a taxa Selic, fixando-a agora em 15% ao ano.

Através de uma publicação em sua conta no X (antigo Twitter), o parlamentar classificou o atual patamar da taxa básica de juros como 'indecente, proibitivo e desestimulante aos investimentos produtivos'. Em tom crítico, ele comparou o cenário a uma inversão de valores, onde, segundo ele,

'quem vive de juros ganha, quem trabalha perde'

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Lindbergh foi além e apontou que essa política monetária contracionista tem afetado diretamente as contas públicas, destacando que o déficit nominal registrado em 2024 sofreu influência majoritária do pagamento de juros da dívida pública. Para ele, a manutenção desses juros elevados se torna paradoxal:

'Se dizem que a dívida preocupa tanto, por que a política de juros não considera o custo que ela própria impõe às contas públicas?'

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Além da crítica à atuação do Banco Central, o deputado também defendeu uma ampla revisão da política de juros adotada atualmente. Ele aproveitou para atacar o sistema tributário vigente, alegando que este beneficia os mais ricos enquanto prejudica os setores sociais do orçamento público.

O apelo de Lindbergh ocorre num momento em que o governo federal enfrenta dificuldades para equilibrar a responsabilidade fiscal com a ampliação de investimentos em áreas sociais, e reforça as tensões entre o Executivo e o Banco Central em torno das diretrizes da política econômica.