Traficantes usam redes sociais para exibir drogas e atrair clientes no RJ
Vídeos e fotos mostram estoques de maconha e outras drogas sendo divulgados em páginas do X, com linguagem informal e promessas de entrega imediata
Por Plox
19/06/2025 10h19 - Atualizado há 2 dias
O tráfico de drogas no Rio de Janeiro tem ganhado novas formas de atuação com o avanço das redes sociais. Facções como o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP) agora utilizam plataformas digitais para promover seus produtos de maneira aberta e desinibida.

Em uma das páginas da rede X, diversos entorpecentes são apresentados aos usuários como se fossem produtos de um catálogo comum. A linguagem usada é informal e direta: “É só da braba”, diz um dos vídeos divulgados. Em outra gravação, um homem anuncia o novo carregamento de maconha: “Bom dia! Olha só a novidade que chegou no Pontilhão. Olha a de vinte, de frente e lateral. Olha a de galo, quê isso? Fluorescente! Barra de Califórnia.”
As postagens incluem fotos e vídeos dos entorpecentes — entre eles maconha, cocaína e MDMA — acompanhados de frases como “tudo é pesado na hora”, reforçando a promessa de precisão nas entregas. Os preços variam entre R$ 10 e R$ 100, dependendo da variedade. Entre os nomes citados nas publicações estão “Gringa black widow”, “Boca da praça”, “Vasco talibã” e “Amendoeira skank”.
Em meio à ousadia digital dos traficantes, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) continua intensificando suas ações para combater o crime. Na quarta-feira (18/6), o 37º BPM prendeu dois criminosos em Itatiaia, com apreensão de drogas e dinheiro. Em Bangu, o 14º BPM deteve um traficante com uma pistola e pacotes de drogas e, na comunidade da Vila Vintém, três pessoas foram presas com artefatos explosivos, rádios transmissores e mais entorpecentes.
Na véspera, terça-feira (17/6), uma grande operação do 15º BPM no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, resultou na apreensão de sete fuzis, duas pistolas e grande quantidade de drogas.