Reportagem revela planos de grupo extremista matar Bolsonaro

Desde janeiro, a PF está em busca de integrantes do SSS, porém, até o momento, não obteve êxito

Por Plox

19/07/2019 14h23 - Atualizado há quase 5 anos

A Polícia Federal está em busca do grupo terrorista que tem planos de matar o presidente Jair Bolsonaro. Uma reportagem da revista Veja traz uma entrevista com Anhangá, um dos líderes do grupo Sociedade Secreta Silvestre (SSS), que funciona como uma extensão brasileira da ordem internacional Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS). 

presidente

Bolsonaro é o maior alvo do grupo SSS no Brasil- Foto: Agência Brasil

Segundo o integrante, o propósito de matar o presidente iniciou desde que ele foi eleito, em 2018. Conforme a reportagem, o grupo pretendia executar o novo mandatário no dia em que ele tomaria posse, mas devido à segurança do local, o plano foi suspenso naquele momento, pois não tinham “certeza de como funcionaria”. 
Poucos dias antes da posse, o grupo colocou uma bomba próximo a uma igreja católica em Brasília, mas uma falha fez com que ela não explodisse, e em vídeo, afirmaram que o próximo alvo era Bolsonaro. No evento, usariam uma arma e explosivos preparados a partir de extintores de incêndio. “Foi um público considerável, e facilmente poderíamos nos misturar e executar este ataque, mas o risco era enorme, e era previsível um ataque, então seria suicida. Não queríamos isso”, disse Anhangá à Veja.  De acordo com a informação repassada pelo terrorista, o objetivo seria atirar várias vezes contra Bolsonaro ou membros da família. Na ocasião, estavam a primeira-dama, Michelle, e o vereador Carlos, filho dele.

Dois veículos do Ibama foram queimados pelo SSS, tendo como alvo o ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, a quem o grupo descreveu como “cínico” e “um lobo cuidando de um galinheiro”. A ministra da Mulher, Damares Alves, também foi criticada pelo grupo, que a chama de “cristã branca evangelizadora que prega o progresso e condena toda a ancestralidade”. O grupo é descrito como eco-extremista e já realizou atentados contra políticos e empresários em outras nações. Desde janeiro, a PF está em busca de integrantes do SSS, porém, até o momento, não obteve êxito. A entrevista de Veja foi feita através da deep web, onde não é possível fazer o rastreamento do conteúdo, ficando oculto para grande parte das pessoas.

Presidente leu a reportagem

Nesta manhã de sexta-feira, 19, em um café com jornalistas internacionais, o presidente disse ter lido a reportagem de Veja e que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência sabe da investigação sobre o grupo. Bolsonaro afirmou: “O risco de atentado a mim ou a qualquer líder mundial sempre vai existir”.

Atualizada às 14h33

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