Maduro alerta para risco de 'banho de sangue' caso perca eleições na Venezuela

Presidente venezuelano faz declarações durante comício; regime chavista enfrenta pressão internacional por eleições livres

Por Plox

19/07/2024 07h09 - Atualizado há cerca de 2 meses

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou em um comício na quarta-feira (17) que o país pode enfrentar um "banho de sangue" e uma "guerra civil" se ele não vencer as eleições marcadas para o dia 28 de julho. A fala ocorreu em Parroquia de la Vega, um distrito popular na Zona Oeste de Caracas, e foi acompanhada de ameaças sobre o futuro do país.

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"O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo", disse Maduro, enfatizando a necessidade de uma vitória contundente para garantir a paz.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

O regime chavista, que enfrenta crescente pressão internacional para assegurar eleições livres, viu a principal opositora de Maduro, María Corina Machado, denunciar um atentado contra ela e sua equipe nesta quinta-feira (18). "Vandalizaram nossos carros e cortaram a mangueira dos freios", afirmou Machado, que foi impedida de concorrer à eleição em janeiro deste ano, apesar de ser uma das favoritas nas pesquisas.

Corrida eleitoral e pressões internacionais

A eleição presidencial na Venezuela, marcada para 28 de julho, ocorre sob um clima de desconfiança da comunidade internacional. Muitos acreditam que o regime de Nicolás Maduro não garantirá uma votação livre e democrática, em contrariedade a um compromisso formal assinado em outubro de 2023. O principal adversário de Maduro é Edmundo González, ex-diplomata escolhido pela coalizão de partidos opositores Plataforma Democrática Unitária (PUD), após a candidatura de Corina Yoris ser barrada em março.

Maduro, que busca seu terceiro mandato consecutivo desde 2013, destacou a importância de uma vitória expressiva para evitar conflitos e manter a paz no país. "Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter", declarou durante o comício.

A situação na Venezuela continua tensa, com a oposição enfrentando diversas barreiras para participar do processo eleitoral. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, preocupada com a possibilidade de um agravamento da crise política e social no país.

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