Após a sentença de condenação ser divulgada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga contra o ex-vereador, Wanderson Gandra, onde o mesmo foi condenado em 4 anos e 10 meses de detenção em regime semiaberto, a defesa, por meio do advogado Vinícius Xingó, informou que vai recorrer da decisão.
O advogado de defesa, por meio de nota, disse que vai “recorrer em segunda instância para comprovar a ausência de fato típico”, e que “a sentença somente comprova que a prisão provisória foi desnecessária e midiática, vez que a acusação pleiteou descabidamente uma pena mínima de 206 anos e não conseguiu sequer 3%”.
Foto: Arquivo Plox
Gandra foi acusado do crime de “rachadinha” e, de acordo com a sentença, ele também terá que pagar multa e indenização às vítima, no valor de aproximadamente R$ 81 mil.
Confira a nota da defesa na íntegra:
A sentença somente comprova que a prisão provisória foi desnecessária e midiática, vez que a acusação pleiteou descabidamente uma pena mínima de 206 (duzentos e seis) anos e não conseguiu sequer 3% (três por cento) do que foi requerido na ação penal.
O Poder Judiciário confirmou a tese defensiva de que inexistem motivos para a custódia preventiva do acusado, demonstrando-se que as razões aventadas quanto a prisão foram desproporcionais.
A defesa esclarece que vai recorrer em segunda instância para comprovar a ausência de fato típico.
Operação Dolos
O ex-vereador de Ipatinga foi preso o dia 20 de fevereiro de 2019. A operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), teve como alvos os parlamentares denunciados na Câmara de Ipatinga. Wanderson Gandra era acusado de se apropriar de parte dos salários de seus assessores de gabinete.
Ele ficou preso por 5 meses na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba-MG, e teve vários habeas corpus negados. Na ocasião, a Justiça entendia que a liberdade do ex-parlamentar poderia prejudicar as investigações.
Neste período de reclusão, Gandra renunciou ao cargo de vereador e no dia 5 de agosto de 2019 recebeu alvará de soltura, deixando a prisão.
Outros seis ex-vereadores também foram presos acusados do mesmo crime. A sentença de Gandra foi a primeira a sair. Os outros: Osimar Barbosa Gomes, o “Masinho”, Rogério Antônio Bento, Luiz Márcio Rocha Martins, José Geraldo Andrade, Gilmar Ferreira Lopes, o “Gilmarzinho” e Paulo Cézar dos Reis aguardam a tramitação de seus processos criminais.