“Não sou puxa-saco do Bolsonaro”, diz Sérgio Reis ao admitir erro por vídeo divulgado

"Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece", disse o cantor

Por Plox

19/08/2021 09h33 - Atualizado há mais de 3 anos

O cantor e ex-deputado Sérgio Reis disse em entrevista ter errado sobre o vídeo que foi feito no qual o sertanejo pede para que o "governo e exército tomem posição". As declarações causaram prejuízo ao cantor, que agora se diz arrependido.

No dia 29 de julho, Sérgio Reis anunciou um acampamento em Brasília, para o mês de setembro, com o intuito de "defender" Bolsonaro e "salvar o Brasil". Junto com caminhoneiros e agricultores, o cantor afirmou que o movimento era para que 'governo e exército' tomem posição.

Já no dia 14 de agosto, viralizou nas redes sociais outro vídeo do cantor onde ele aparece convocando caminhoneiros e a população a saírem às ruas em defesa do governo e pedindo o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós vamos parar 72 horas. Se não fizer nada, nas próximas 72 horas ninguém anda no país. Vai parar tudo. Não é só Brasília, é o país”, disse. “Nada nunca foi igual ao que vai acontecer. Se eles [os ministros do STF] não atenderem ao nosso pedido, a cobra vai fumar”, complementou.

As declarações causaram prejuízo ao artista que agora se diz arrependido. “Querem me massacrar. Já estou tendo prejuízo. Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece”.

Foto: Reprodução

 

O ex-deputado disse que errou e afirmou que defende a democracia, completou dizendo que não há necessidade de uma intervenção militar e finalizou dizendo “Não sou puxa-saco do Bolsonaro”.

“Eu errei mesmo, errei muito. Não devia ter falado, porque as pessoas pensam… Falei com um amigo. Ele postou num grupinho. Um amigo da onça. É da vida. Estão me ameaçando, pensando que estou com medo. Mas não me escondi. Estou aqui em casa, não agredi ninguém. Arco com minha responsabilidade”, afirmou.

Mas como combinado dele com os demais apoiadores do presidente, o cantor disse que no dia 7 de setembro vai às ruas para participar de manifestações contra o STF e o Congresso e a favor de Bolsonaro.

“Tenho de ir para a rua porque me comprometi com eles. Preciso mostrar para o povo que querem me amedrontar. Se tiver de morrer, eu morro, morro pelo meu país. Não vou fugir”, afirmou.
 

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