
Assassinato: jovem envenena e asfixia namorado de 27 anos
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Título: Empresário admite assassinato de gari em BH após vídeo revelar arma
Subtítulo: Renê Nogueira confessou o crime após ser confrontado com imagens de câmeras de segurança.
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, durante novo interrogatório no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na segunda-feira (18), em Belo Horizonte.
A informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta terça-feira (19). A confissão ocorreu após investigadores o confrontarem com imagens de câmeras de segurança que o mostravam chegando em casa com a arma utilizada no crime. No mesmo dia, os advogados que o defendiam deixaram o caso.
Entenda o crime
Na manhã de segunda-feira (11), por volta das 9h, uma discussão no trânsito terminou em tragédia no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital mineira. Um caminhão de coleta de lixo estava parado quando um veículo BYD cinza se aproximou. O motorista do carro — apontado como o suspeito — teria ameaçado a condutora do caminhão dizendo que “iria atirar na cara dela”.
Em seguida, o gari Laudemir, que tentava acalmar a situação, foi baleado na região do tórax. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos.
Após os disparos, o autor fugiu no mesmo carro. Ele foi localizado e preso ainda no mesmo dia, enquanto se exercitava em uma academia de alto padrão no bairro Estoril, sem apresentar resistência. Testemunhas relataram que o autor deixou o local “tranquilo e com semblante sério”, e que Laudemir, antes de cair, teria dito: “Acertou em mim”.
Investigação e prisão
De acordo com a Polícia Civil, Renê inicialmente negou participação no crime. Em depoimento após a prisão, disse que saiu de casa às 8h07, seguiu até Betim, almoçou, voltou ao trabalho, passeou com os cães e depois foi à academia.
A versão, no entanto, passou a ser confrontada por imagens de segurança e relatos de testemunhas. O delegado Evandro Radaelli, do DHPP, afirmou que a identificação do carro, da placa e do proprietário permitiu a ligação direta de Renê com a cena do crime. “As imagens e as oitivas apontam para a autoria”, disse.
O delegado Matheus Moraes informou que Renê não apresentava sinais de embriaguez ou uso de drogas no momento do depoimento, e que não havia necessidade de exame toxicológico. Também foi informado que o empresário não possuía porte de arma.
Arma do crime e envolvimento da esposa
Uma pistola calibre .380 foi recolhida e encaminhada à Corregedoria da Polícia Civil para perícia. A arma seria de uso pessoal da delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa de Renê. A instituição apura se houve falha na guarda do armamento.
Segundo relatos, durante o depoimento, o empresário teria dito que a arma pertence à esposa, o que levou à abertura de uma investigação disciplinar para apurar responsabilidades. A delegada não se pronunciou até o momento e, de acordo com a polícia, só soube da prisão do marido quando ele foi detido na academia.
Perfil do suspeito
Renê Nogueira tem 27 anos de experiência no setor de alimentos e bebidas, com passagens por empresas como Coca-Cola, Vigor, Ambev e Red Bull. Recentemente, havia assumido a diretoria de negócios da Fictor Alimentos, onde trabalhava há menos de duas semanas. A empresa emitiu nota repudiando o crime e prestando solidariedade à família da vítima.
Em seu perfil no LinkedIn, Renê se descreve como um líder estratégico e inovador. Sua formação inclui instituições como PUC-Rio, FGV, USP, ESPM e Harvard Business School. Em uma recomendação publicada na rede, a esposa o descrevia como um “homem de caráter irrefutável”.
Homenagens à vítima
O velório de Laudemir ocorreu na manhã de terça-feira (12), na Igreja Quadrangular, em Nova Contagem. Familiares, amigos e colegas de trabalho estiveram presentes. A esposa do gari, Liliane França, emocionada, cobrou justiça: “Me devolveram o Lau no caixão. Isso não pode ficar assim”.
A enteada da vítima, Jessica França, lembrou que ele era carinhoso, trabalhador e muito presente na vida da família. A mãe de Laudemir passou mal durante a cerimônia e precisou ser levada ao hospital após sofrer queda de pressão.
Ivanildo Gualberto Lopes, sócio da Localix — empresa para a qual Laudemir prestava serviços —, afirmou que o funcionário era respeitado e querido por todos. “Estamos clamando por justiça. A nossa categoria é muito forte. Então, não mexa com os garis”, declarou.
Situação atual
Renê foi autuado por homicídio duplamente qualificado e por ameaça à motorista do caminhão. Ele passou por audiência de custódia e foi transferido para o presídio de Caeté. A Polícia Civil continua a investigação do caso.
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