Padilha ironiza sanções dos EUA e descarta 'ida à Disney'

Ministro da Saúde criticou medida que cancelou vistos da esposa e da filha e avaliou possível participação na Assembleia da ONU

Por Plox

19/08/2025 19h20 - Atualizado há 29 dias

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu nesta terça-feira (19) às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra familiares e aliados políticos. De forma irônica, ele afirmou não ter 'intenção nenhuma de ir para a Disney', ao comentar o cancelamento dos vistos da esposa e da filha.


Imagem Foto: Agência Brasil


O episódio ocorreu após comunicado do Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo, enviado na última sexta-feira (15), informando a revogação dos vistos de familiares e de integrantes ligados ao programa Mais Médicos. O visto pessoal de Padilha já havia perdido a validade no ano anterior.



'Tem gente que acha que o mundo se divide em quem foi à Disney e quem quer ir para a Disney. Eu não tenho intenção nenhuma de ir para a Disney'

, disse o ministro em conversa com jornalistas. Ele classificou a medida norte-americana como 'ato de covardia' e reforçou que seguirá defendendo o programa Mais Médicos.


A retaliação foi anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que acusou o Brasil de cumplicidade com o regime cubano em um suposto esquema de exportação de mão de obra dentro do Mais Médicos, criado em 2013, durante o governo Dilma Rousseff. Entre os atingidos estão Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta.



Apesar da tensão diplomática, Padilha afirmou que estuda comparecer à Assembleia Geral da ONU e à conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), previstas para setembro, em Nova York. Segundo ele, nenhum país pode impedir a participação de uma autoridade convidada por organismos internacionais. 'Eu não tenho decisão ainda se vou poder participar ou não, mas caso venha a participar, certamente um acordo sério tem que garantir esse acesso', afirmou.



O ministro destacou ainda que sua agenda em Brasília, marcada por votações no Congresso e a implementação do programa Agora tem Especialistas, pode dificultar a viagem. Mesmo assim, ressaltou que continuará atuando pela manutenção e fortalecimento das políticas públicas de saúde no país.


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