'Pior dor do mundo': mineira acorda de coma após tentativa de reiniciar o cérebro
Após 11 anos de sofrimento com neuralgia do trigêmeo, jovem de 27 anos passou por coma induzido na busca por alívio das crises
Por Plox
19/08/2025 12h02 - Atualizado há 3 dias
A jovem Carolina Arruda, de 27 anos, natural de Minas Gerais, voltou a aparecer em vídeo nesta terça-feira (19) após despertar de um coma induzido. A paciente convive há mais de uma década com a neuralgia do trigêmeo, condição que causa dores faciais intensas e é considerada uma das mais dolorosas do mundo.

O procedimento foi realizado na Santa Casa de Alfenas, no Sul de Minas, e teve como objetivo tentar aliviar as crises provocadas pela doença. Durante cerca de cinco dias, Carolina permaneceu entubada, sedada e mantida por aparelhos. A intenção dos médicos foi “desligar” e “reiniciar” o cérebro da paciente, na tentativa de reduzir o impacto das dores recorrentes.
Em um relato nas redes sociais, Carolina contou que ainda está sem voz, devido ao uso prolongado do tubo de entubação, e que continua enfrentando as dores. “Estou bem, mas estou com dor”, disse. Ela explicou que ainda não é possível saber se o tratamento trará resultados: “A dor está igual, nem piorou, nem melhorou. Não sei se o efeito da cirurgia é imediato ou se leva um tempo”.
Segundo ela, o uso da máscara de oxigênio tem sido difícil. “A pressão foi tão forte que quase morri de dor. Eu gritava e chorava, não consegui ficar nem um segundo com a máscara.” A jovem também informou que se afastará temporariamente das redes sociais para focar na recuperação.
A neuralgia do trigêmeo é uma condição rara que afeta o nervo responsável pelas sensações do rosto. Conforme o Hospital Albert Einstein, a dor pode surgir várias vezes ao dia, em forma de pontadas ou choques. O caso de Carolina é ainda mais incomum por afetar os dois lados do rosto. Ao longo de 11 anos, ela passou por seis cirurgias, foi atendida por 70 médicos e testou mais de 50 medicamentos em busca de alívio.