Riedel deixa PSDB e confirma ida ao PP

O cenário político nacional registra uma mudança significativa nesta terça-feira (19), com a saída de Eduardo Riedel do PSDB. Atual governador de Mato Grosso do Sul, Riedel formalizará sua filiação ao Progressistas (PP) durante evento em Brasília, encerrando um ciclo em que o PSDB ainda mantinha um representante nos governos estaduais.

Foto: Agência Brasil

A decisão foi comunicada pessoalmente ao presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, durante um almoço realizado na segunda-feira (18), em Campo Grande. Segundo relatos, a saída já era aguardada internamente, e Perillo declarou que as portas do partido seguem abertas para Riedel.

Com sua desfiliação, o PSDB encerra sua participação nas lideranças estaduais, após já ter perdido dois nomes de peso: Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Raquel Lyra, de Pernambuco, que também deixaram a legenda nos últimos tempos.

Riedel, que se prepara para disputar a reeleição em 2026, havia sido assediado politicamente por Gilberto Kassab, que o convidou a ingressar no PSD. Apesar das investidas, aliados afirmam que a escolha pelo PP se deu pela maior presença do partido no estado e por sua proximidade com a senadora Tereza Cristina, liderança do PP em Mato Grosso do Sul.

"A escolha pelo PP foi estratégica e reforça a aliança com lideranças locais", comentou um interlocutor próximo ao governador.

Mesmo recusando a proposta de Kassab, fontes próximas garantem que Riedel manterá sintonia com o PSD em nível nacional e apoiará os planos da legenda para 2026. O PSD atualmente estuda lançar nomes como Ratinho Jr., do Paraná, ou Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, além de considerar uma eventual aliança com Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo e filiado ao Republicanos.

Com a filiação de Riedel ao PP, o xadrez político nacional se reorganiza e evidencia a fragilidade do PSDB nas esferas de poder estadual. A migração do governador sul-mato-grossense para outra legenda reforça também os movimentos estratégicos em direção às eleições presidenciais de 2026.

A mudança marca o fim de uma era para os tucanos, que já dominaram diversos estados brasileiros e agora se veem fora do mapa dos executivos estaduais.